O
prefeito responsável pela modernização de Curitiba e seu legado são o tema da
exposição que está reabrindo para visitação a Casa Romário Martins, no Centro
Histórico. "A Curityba de Candido de Abreu" começou nesta terça-feira (13) e é
uma opção de lazer para pais e filhos verem nas férias.
O
prefeito Rafael Greca percorreu a nova atração. “Arrojado e modernizador, Cândido de Abreu criou as bases para nosso
sistema de transporte público. É um dos anjos tutelares da cidade, sendo
homenageado na importante avenida que leva à sede da Prefeitura, o Palácio
Solar 29 de Março”, observou Greca.
Para
ver a exposição, é preciso usar máscara corretamente colocada sobre o rosto e,
na entrada, aplicar álcool em gel, aferir a temperatura corporal e observar o
distanciamento social. Álcool e termômetro estão disponíveis no espaço. Também
é preciso respeitar a lotação simultânea máxima, estabelecida em 12 pessoas
(30% da capacidade normal da sala).
OBRAS CENTENÁRIAS E ATUAIS - Nascido em Paranaguá, Cândido Ferreira de Abreu foi engenheiro e o primeiro prefeito eleito de Curitiba. Em sua administração, realizou obras que seguem fazendo parte da Curitiba do presente, como o Paço Municipal (antiga Prefeitura, na Praça Generoso Marques), o Belvedere e o Mirante do Alto do São Francisco, os repuxos das praças Eufrásio Correia e Carlos Gomes e os portões do Passeio Público. O terreno para construção do prédio histórico da UFPR foi doado pela Prefeitura na gestão de Abreu.
O
ex-prefeito também foi o responsável pela implantação dos bondes elétricos na
cidade. A circulação viária era uma de suas prioridades, ao lado das áreas de
salubridade e embelezamento da capital paranaense.
Como
engenheiro, projetou outras jóias arquitetônicas da cidade. Entre eles estão a
Casa Miró, na Rua Comendador Araújo, e o Palacete dos Leões (atual sede do
BRDE), na Avenida João Gualberto.
ACERVO DOCUMENTAL - A exposição reúne cerca de 140 fotos, documentos, mapas e plantas arquitetônicas dos acervos das entidades participantes do projeto e também de particulares que mostram essas realizações. Ela abrange a primeira das duas gestões de Abreu, no fim do século XIX (1892-1894) e a seguinte, no começo do século XX (1913-1916). A coordenação é da historiadora Aparecida Vaz da Silva Bahls.
A
mostra conta com a colaboração dos departamentos de Arquitetura e Urbanismo da
UFPR (Universidade Federal do Paraná) e da UTFPR (Universidade Tecnológica do
Paraná), dos arquivos públicos estadual e municipal, do Museu Paranaense, da
Casa da Memória da Fundação Cultural de Curitiba, da Fundação Biblioteca Nacional
e do Museu Imperial do Rio de Janeiro, além do Museu Histórico Abílio Barreto
de Minas Gerais.
Como
engenheiro civil e urbanista, trabalhou no Rio de Janeiro e em Minas Gerais,
além de ter integrado a equipe de construtores da estrada de ferro Madeira-Mamoré,
no Norte do Brasil. Essa experiência o colocou em contato com técnicos e
políticos com visões inovadoras sobre desenvolvimento urbano, trazidas para sua
segunda gestão.
Participaram
da abertura da exposição as professoras e pesquisadoras Giceli Portela (UTFPR),
Elizabeth Amorim de Castro (UFPR) e Zulmara Clara Sauner Possi (aposentada do
Departamento de Antropologia da UFPR), além da presidente da Fundação Cultural,
Ana Cristina de Castro, e de integrantes da diretoria do órgão.
A Casa Romário Martins
está situada no Largo Coronel Enéas, 40, Centro Histórico (em frente ao
Bebedouro) e pode ser visitada de terça a sexta-feira, das 9h às 12h; sábados,
domingos e feriados, das 9h às 14h. A entrada é franca.
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