segunda-feira, 31 de maio de 2021

História da produção curitibana de charges, cartuns e quadrinhos é retratada em novo livro

A Biblioteca Pública do Paraná (BPP), por meio do selo Biblioteca Paraná, acaba de publicar o livro “Narrativas Gráficas Curitibanas: 210 Anos de Charges, Cartuns e Quadrinhos”, do quadrinista, curador e pesquisador José Aguiar. Com 360 páginas e centenas de ilustrações, a obra resgata a memória gráfica local e seus reflexos na cultura nacional, por meio de documentos, biografias e depoimentos.

A edição impressa, com tiragem de mil exemplares, será distribuída para bibliotecas públicas de todos os municípios paranaenses, além de universidades, gibitecas e pontos de cultura do Paraná e de outros estados. Mas, uma versão digitalizada também está disponível para download gratuito aqui.

No dia 4 de junho, Aguiar e os pesquisadores Maria Clara Carneiro (Universidade Federal de Santa Maria) e Rodrigo Scama (Uninter) participam de uma live de lançamento para discutir o livro. O evento será às 19h pelo canal do YouTube da Biblioteca.

DO SÉCULO 19 AO 21 - Desde o possível primeiro chargista brasileiro (João Pedro, o Mulato) até a intensa atividade independente atual, “Narrativas Gráficas Curitibanas” mapeia boa parte da produção artística realizada na cidade entre 1807 e 2018.

A partir de autores e personagens em sua maioria desconhecidos fora de Curitiba, é possível acompanhar a evolução não somente do traço ou da imprensa, mas da própria sociedade”, diz José Aguiar.

Segundo ele, descobrir que existe uma cena rica de artes gráficas na capital desde o século XIX foi algo surpreendente até para ele. “A riqueza da atual cena local não é obra de um surto, mas consequência de acertos, erros, fracassos e muita persistência de homens e mulheres que se arriscaram para construir coletivamente essa tradição de constante reinvenção”, acrescenta o autor.

Com incontáveis publicações, José Aguiar, que é arte-educador formado pela FAP e mestre pela UTFPR em Tecnologia e Sociedade, começou publicando tiras de humor quando ainda era adolescente e, inclusive, frequentou oficinas na Gibiteca, onde acabou se tornando professor durante uma década e ainda é convidado para ministrar cursos e oficinas.

O autor também já ganhou diversos prêmios, como Troféus HQMIX e Angelo Agostini, os maiores prêmios da área de quadrinhos, LeBlanc e Minuano de Literatura, além de ter sido finalista por três vezes do Prêmio Jabuti.

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