A
Biblioteca Pública do Paraná (BPP), por meio do selo Biblioteca Paraná, acaba
de publicar o livro “Narrativas Gráficas Curitibanas: 210 Anos de Charges,
Cartuns e Quadrinhos”, do quadrinista, curador e pesquisador José Aguiar. Com
360 páginas e centenas de ilustrações, a obra resgata a memória gráfica local e
seus reflexos na cultura nacional, por meio de documentos, biografias e
depoimentos.
A
edição impressa, com tiragem de mil exemplares, será distribuída para
bibliotecas públicas de todos os municípios paranaenses, além de universidades,
gibitecas e pontos de cultura do Paraná e de outros estados. Mas, uma versão
digitalizada também está disponível para download gratuito aqui.
No
dia 4 de junho, Aguiar e os pesquisadores Maria Clara Carneiro (Universidade
Federal de Santa Maria) e Rodrigo Scama (Uninter) participam de uma live de
lançamento para discutir o livro. O evento será às 19h pelo canal do YouTube da
Biblioteca.
DO SÉCULO 19 AO 21 - Desde o possível primeiro chargista
brasileiro (João Pedro, o Mulato) até a intensa atividade independente atual, “Narrativas
Gráficas Curitibanas” mapeia boa parte da produção artística realizada na
cidade entre 1807 e 2018.
“A partir de autores e personagens em sua
maioria desconhecidos fora de Curitiba, é possível acompanhar a evolução não
somente do traço ou da imprensa, mas da própria sociedade”, diz José
Aguiar.
Segundo
ele, descobrir que existe uma cena rica de artes gráficas na capital desde o
século XIX foi algo surpreendente até para ele. “A riqueza da atual cena local não é obra de um surto, mas consequência
de acertos, erros, fracassos e muita persistência de homens e mulheres que se
arriscaram para construir coletivamente essa tradição de constante reinvenção”,
acrescenta o autor.
Com
incontáveis publicações, José Aguiar, que é arte-educador formado pela FAP e
mestre pela UTFPR em Tecnologia e Sociedade, começou publicando tiras de humor
quando ainda era adolescente e, inclusive, frequentou oficinas na Gibiteca,
onde acabou se tornando professor durante uma década e ainda é convidado para
ministrar cursos e oficinas.
O
autor também já ganhou diversos prêmios, como Troféus HQMIX e Angelo Agostini,
os maiores prêmios da área de quadrinhos, LeBlanc e Minuano de Literatura, além
de ter sido finalista por três vezes do Prêmio Jabuti.
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