Realizada
pelo Museu Oscar Niemeyer (MON) e
apresentada pela primeira vez no Brasil, a exposição “A Travessia do Desastre” é
um instigante conjunto de obras – desenhos, intervenções in situ, esculturas,
figurinos e máscaras – que leva o público a um fascinante intercâmbio entre a
cultura de países asiáticos e do Brasil.
A
mostra foi concebida durante períodos de residência artística de François Andes
e do curador Luiz Gustavo Carvalho, realizada no Brasil, Vietnã, Camboja e
Coreia do Sul, entre 2016 e 2019.
Entre
as obras criadas especialmente para a exposição do artista no Museu Oscar
Niemeyer estão três que foram inspiradas pela coleção de arte asiática do MON.
São elas: “A Tempestade”, baseada em porcelanas chinesas; “Três Estudos para
Motivos Têxteis”, realizada a partir de leques japoneses, e “O Destecer do
Arco-íris”, com referência à Deusa-Mãe de origem indiana.
“Ao exibir o trabalho de François Andes na
mostra ‘A Travessia do Desastre’, o Museu Oscar Niemeyer oferece uma
oportunidade única aos seus visitantes: a de perceber o instigante diálogo
entre a obra do artista e a coleção asiática, de quase três mil peças, que
pertence ao acervo do MON”, explica a diretora-presidente da instituição,
Juliana Vosnika.
Por
escolha curatorial, 18 obras da coleção do MON participam da exposição de
Andes. “Dessa forma, pretende-se tecer um
diálogo entre a arte contemporânea e obras de diversas épocas de diferentes
culturas asiáticas, além de colaborar com o intercâmbio entre exposições
temporárias e a coleção permanente do Museu Oscar Niemeyer”, afirma o
curador Luiz Gustavo Carvalho.
O
artista François Andes comenta a oportunidade de continuar desenvolvendo o
diálogo com o curador Luiz Gustavo Carvalho no Museu Oscar Niemeyer. “É algo extremamente relevante neste processo
artístico, pois tenho a possibilidade de refletir sobre a temática da exposição
através da rica coleção do Museu Oscar Niemeyer”, diz. “O encontro com esta coleção e a
possibilidade de reagir a algumas das obras selecionadas pelo curador, muito
mais do que um diálogo, é poder viajar à Ásia a partir do Brasil”.
ARTISTA – François Andes vive e trabalha em
Lille (França). Seu trabalho foi exibido em instituições de renome
internacional, como o Centre d'Arts Visuels le Labanque, Béthune (França); o
Musée du Château de Flers, Lille 3000, Villeneuve d'Ascq (França); o Museu de
Bailleul e Fort de Mons (França); e no Oulan Bator, Pôle d'Art Contemporain,
Orléans (França).
Andes
também realizou performances durante a Nuit Blanche, Paris (França), e na
Bienal de Mons (Bélgica). Em 2015, foi artista residente na Mons 2015 Capital
Europeia da Cultura. Em 2017, foi o artista principal do Salão Internacional de
Desenho Contemporâneo DessinParis17. Participa frequentemente de residências em
centros de arte contemporânea, como o Instituto Francês de Tétouan (Marrocos),
Villa Saigon, Cidade de Ho Chi Minh (Vietnã), Museu Bispo do Rosário Arte
Contemporânea (Rio de Janeiro, Brasil) e Fundação With Artist (Coreia do Sul).
Em
2019, criou os elementos cênicos e figurinos para o espetáculo “BWV 988: Trinta
Possibilidades de Transgressão”, que estreou no Teatro Plínio Marcos, em
Brasília (Brasil). Em 2020, seu trabalho foi exibido na Biblioteca Alexis de
Tocqueville, em Caen, e no Centro Cultural Coreano, em Paris. Uma exposição
monográfica de seu trabalho será apresentada no Centre d’Arts Visuels le
Labanque, Béthune (França), até julho de 2021.
MON – O Museu Oscar Niemeyer (MON)
pertence ao Estado do Paraná. A instituição abriga referenciais importantes da
produção artística nacional e internacional nas áreas de artes visuais,
arquitetura e design, além da mais significativa coleção asiática da América
Latina.
No
total, o acervo conta com aproximadamente 7 mil peças, abrigadas em um espaço
superior a 35 mil metros quadrados de área construída, sendo 17 mil metros
quadrados de área para exposições, o que torna o MON o maior museu de arte da
América Latina. Os principais patrocinadores da instituição, empresas que
acreditam no papel transformador da arte e da cultura, são: Copel, Sanepar, Grupo
Volvo América Latina, Vivo e Moinho Anaconda.
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