Mais
de 40 anos depois de ter sido relançado pelo desenhista Nilson Müller, o
icônico palhaço Zequinha, que marcou a infância de gerações de piás
curitibanos, está de volta. Além do novo álbum lançado este ano, agora ele é tema
da exposição aberta na Gibiteca e que também homenageia os 80 anos do autor.
A
visitação da mostra é presencial e pode ser feita de terça-feira a sábado, das
12h às 18h, com ocupação máxima simultânea de 20 pessoas. Os interessados em
vê-la precisam chegar ao local usando máscara corretamente colocada sobre o
rosto. Na portaria, equipada com dispensador de álcool em gel, o público também
passa pela aferição de temperatura. A entrada é grátis.
Na
Sala Nilson Müller, onde foi montada a exposição, os visitantes encontram
esboços e reproduções de figurinhas do palhaço segundo as atividades e
profissões com que ele virou febre na virada da década de 70 para 80, na
campanha do governo estadual para melhorar a arrecadação do então ICM (Imposto
sobre Circulação de Mercadorias).
Coube
a Müller recriar o personagem para “O ICM das Crianças”, que caiu no gosto dos
paranaenses. Na ocasião, notas fiscais eram trocadas por figurinhas, enquanto
álbuns completos garantiam cupons para participação em sorteios.
ZEQUINHA ACOMPANHA AS
MUDANÇAS - Também
podem ser conferidos os esboços dos desenhos desenvolvidos para o novo álbum
(como Zequinha em home office ou tomando vacina) e que está fazendo gerações de
colecionadores se encontrarem nas bancas. A primeira aparição do palhaço, que
ganhou versões de vários desenhistas, tem quase 100 anos. Em 1928, balas vinham
embrulhadas em figurinhas numeradas colecionáveis do personagem.
Completam
a exposição releituras feitas por 18 artistas convidados e que colocam o velho
palhaço em situações atuais - como abordando a questão da diversidade religiosa
por meio do Zequinha umbandista, do artista Fabiano Vianna, e dançarino de
k-pop, de Amanda Barros. Criadora do personagem Smilinguido e uma das primeiras
desenhistas mulheres de Curitiba, Márcia Macedo D’Haese desenvolveu a situação
“Partilhando Afeto”, em que Zequinha visita alguém hospitalizado.
Também
participam da mostra os desenhistas Marcelo Lopes, Fulvio Pacheco, Antônio
Eder, Natan SS, Ariel DaCunha, Simon Taylor, Guto Dias, Celina Pacheco, João
Ferreira, André Caliman, José Aguiar, Marcio Garcia, Oscar Reinstein, Andrea
Schultz e Eloir Júnior.
A
Gibiteca está situada no Solar do Barão (Rua Carlos Cavalcanti, 533, Centro) e
pode ser visitada de terça a sábado, das 12h às 18h. A entrada grátis.
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