O
tapete vermelho que já se forma na canaleta de ônibus da Rua Deputado Heitor
Alencar Furtado (Mossunguê), com a queda das folhas dos liquedâmbares
(Liquidambar styraciflua), anuncia que não falta muito tempo para que o famoso
cenário das imagens do outono curitibano se renove.
De
acordo com o engenheiro agrônomo Roberto Salgueiro, responsável pelo Horto
Municipal da Barreirinha e pelos plantios das árvores no começo dos anos 2000,
esta e a próxima semana podem ser as últimas de queda das folhas que tanto
chamam a atenção da população.
“É difícil prever o tempo exato, mas trata-se
de uma mudança natural com a proximidade do inverno, quando as plantas precisam
reduzir seu consumo de energia”, explica Salgueiro.
Com
cerca de 20 anos de plantio, estima-se que essas 850 mudas de liquedâmbares
tenham 24 anos de idade, contando com seu período de desenvolvimento. São
árvores originárias da América do Norte (México e Estados Unidos), que têm
folhas que variam em tons de vermelho e podem passar de 15 metros de altura.
“O nome é em função da seiva na cor âmbar -
um tom amarelo alaranjado - que escorre se for partido seu tronco”, conta o
especialista. O avermelhado das folhas estreladas aparece após as tonalidades
verde e amarela e se intensifica com a luminosidade. No inverno, elas ficam sem
folhas.
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