Curitiba
vai receber uma das artistas mais consagradas e premiadas da TV e dos palcos
brasileiros, Susana Vieira. Em comemoração aos 60 anos de carreira e 81 de
vida, a atriz retorna aos palcos enfrentando um dos maiores desafios de sua
vitoriosa trajetória, o clássico “Shirley Valentine”, um dos mais importantes
textos do teatro moderno, com encenações premiadas em todo o mundo. Com versão
brasileira de Miguel Falabella e direção de Tadeu Aguiar a peça “Shirley
Valentine” será apresentada no dia 3 de setembro, domingo, às 19h, no Teatro
Guaíra. Os ingressos já estão à venda
pelo site Ticket Fácil.
O
monólogo apresenta Shirley, uma mulher casada, mãe de dois filhos, que convive
com o pior tipo de solidão: aquela que se sente mesmo estando acompanhada. A
versão brasileira de Miguel Falabella trata com leveza e muito bom humor os
dilemas da personagem. Na peça, a protagonista divide com o público suas
angústias, buscando entender aonde foram parar seus sonhos. E também as
situações inusitadas e pra lá de engraçadas que marcam sua trajetória. Cansada
de conversar com as paredes (literalmente), Shirley Valentine decide dar uma
virada em sua vida e faz uma viagem em busca de encontrar a felicidade e,
sobretudo, se reencontrar.
A
montagem é uma nova leitura para o clássico de Willy Russell, que já teve
encenações premiadas no Brasil e também um filme de sucesso. Susana estreou
esta versão no Rio de Janeiro e passou por Portugal, Porto Alegre, Goiânia,
Belo Horizonte e São Paulo. Susana se apresentou na capital paulista com duas
temporadas de sucesso.
“SHIRLEY VALENTINE” - A peça traz essa protagonista
solitária que decide conhecer a Grécia, ao lado de sua melhor amiga Wanda, sem
a família, nem mesmo Joel, o marido controlador. Shirley decide embarcar nessa
viagem – uma divertida jornada ao encontro do seu verdadeiro eu. Shirley está
cansada da indiferença do marido, cuja principal preocupação é saber se terá
carne no jantar. Os filhos Milandra e Jorge cresceram e só lembram da mãe na hora
dos problemas. Com o passar dos anos, no lugar da mulher cheia de anseios e
vontade de viver, só resta aquela que se deixa levar por situações comuns do
dia a dia, que nem de longe se parece com a figura que protagoniza as boas
memórias que tem da juventude.
Quando
Shirley Valentim transformou-se em uma Shirley qualquer? Atrás dessa resposta, ela cria coragem e
embarca com destino à Grécia escondida de Joel. É um voo rumo à liberdade, à
possibilidade de reencontro com a menina sonhadora e cheia de vida que Shirley
foi um dia.
A
protagonista fala do ser humano, daquele instante em que se percebe que o tempo
passou e a vida ficou parada em alguma esquina. Mostra que nunca é tarde para
recomeçar e tomar um bom vinho branco para encarar os fatos com leveza e bom
humor, até quando tudo parece estar dando errado. Os dilemas de Shirley são tão
dela quanto os nossos e podem fazer parte da rotina de qualquer espectador.
O
espetáculo conquista plateias do mundo inteiro desde sua primeira versão, em
1986, quando estreou em Londres, sendo agraciado com o prêmio Laurence Olivier
Awards de melhor comédia e melhor atriz (Pauline Collins). Em 1989, entrou em
cartaz na Broadway e Pauline Collins levou para casa o Tony Award. No mesmo
ano, estreou a versão cinematográfica, também com Pauline Collins, indicada ao
Oscar e Globo de Ouro, e vencedora do British Academy Film Award.
O ENCONTRO DE SUSANA E
SHIRLEY - Susana
Vieira apaixonou-se pela peça à primeira leitura. “Quando Miguel me entregou o texto, fiquei encantada, fascinada pelo
humor da personagem, pela força e coragem que ela tem de ir atrás da
felicidade. Shirley vai à luta. Todas nós mulheres temos várias coisas dela,
por mais diferentes que possamos ser”, conta. A atriz ressalta que, apesar
da dureza da vida, Shirley jamais perde o bom humor. E, se as paredes são a
companhia da personagem, Susana tem a plateia como confidente: “É um monólogo, mas não me vejo sozinha em
cena. Somos o público e eu”, celebra.
O
texto passeia pela comédia com muita sutileza, gerando uma identificação
imediata do público. A versão de Miguel Falabella, assim como o original de
Willy Russell, traz um olhar afetivo sobre o ser humano e as relações
familiares. Com uma abordagem longe de estereótipos e personagens cheios de
verdade e sede de vida, o espectador é levado da gargalhada ao nó no peito em
segundos. “O humor é a forma mais
verdadeira e humana de chegar ao coração das pessoas”, exalta Falabella.
A
parceria entre Susana e Miguel tem uma longa história e rendeu um dos maiores
sucessos do teatro brasileiro: a peça ‘A Partilha’ (1990), que gerou a
bem-sucedida continuação ‘A Vida Passa’ (2000). “Eu e Susana tivemos um encontro de vida e estamos sempre juntos, é uma
festa”, vibra Falabella. A recíproca é verdadeira e a atriz garante que
trabalhar junto com o autor e diretor mudou sua carreira. “A minha vida artística se divide entre antes e depois do Miguel. Tenho
uma carreira muito feliz, mas a ‘A Partilha’ nos uniu para sempre. É um prazer
imenso, porque ele é um grande autor. E, como somos dois comediantes, damos
risada de tudo o tempo todo. Temos o mesmo tempo de comédia. Somos amigos para
sempre”, festeja Susana.
Indicada para maiores de
12 anos, a peça “Shirley Valentine” tem ingressos à venda através do www.ticketfacil.com.br
e custam a partir de R$50,00
(meia-entrada) + taxa adm. O valor varia de acordo com o setor.
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