A
arte ancestral brasileira se integrou à flora do Jardim Botânico de Curitiba e à
exposição “Imaginário Rupestre”, que reúne fotografias de Marcos Jorge, diretor
do cultuado filme “Estômago”, pode ser vista a partir deste fim de semana. A
mostra foi aberta pelo prefeito Rafael Greca e pelo cineasta nesta sexta-feira
(28), na Galeria das Quatro Estações, e ficará aberta ao público todos os dias,
das 10h às 18h, com entrada gratuita.
Composta
por 40 imagens capturadas por Marcos Jorge em diversas localidades do país,
desde o Piauí até Santa Catarina, a exposição permite aos visitantes apreciar a
arte brasileira em sua forma ancestral.
“É um tesouro cultural que está aqui nessa
exposição para a população de Curitiba e os visitantes do Jardim Botânico podem
apreciar e valorizar”, disse Greca.
As
fotografias, reproduzidas em grande escala, revelam pinturas e gravuras
pré-históricas sobre pedra, testemunhas da rica história cultural do Brasil ao
longo de pelo menos 10 mil anos.
“Estou convencido de que essa (arte
rupestre) é primeira forma de cinema que
os homens fizeram, e é muito privilégio ter essa mostra aqui nesse espaço que é
o lugar mais visitado de Curitiba”, disse Marcos Jorge, que participou da
abertura ao lado da esposa, Cláudia da Natividade.
Marcos
Jorge, conhecido por suas produções cinematográficas aclamadas, como o premiado
filme “Estômago” em 2008, iniciou há 23 anos uma jornada de pesquisa dedicada a
valorizar os povos originários e documentar a arte rupestre. A exposição é
resultado dessas expedições e traz um acervo impressionante de fotografias.
Sobre
o tema, o diretor realizou em 2006 o documento “O Ateliê de Luzia - Arte
Rupestre Pré-Histórica Brasileira” e publicou o livro “Brasil Rupestre - Arte
Pré-Histórica Brasileira”.
ARAUCÁRIAS PRIMITIVAS - Uma das imagens mais notáveis da
mostra é a primeira pintura rupestre de Araucária (Araucaria angustifolia). A
descoberta ocorreu neste ano, na região do município paranaense de Piraí do Sul
por pesquisadores do Grupo Universitário de Pesquisas Espeleológicas de Ponta
Grossa (Gupe).
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