Perto
de completar 40 anos de atividades, o Solar do Barão é um dos mais antigos
espaços culturais da cidade. Ele já foi residência do ervateiro e exportador
Ildefonso Pereira Correia (o Barão do Serro Azul), unidade do Exército e desde
sua criação se destaca por sediar os Museus da Fotografia e da Gravura, a
Gibiteca, salas de cursos de artes gráficas e de exposições, entre outros.
Enquanto
a retomada da visitação, dos cursos presenciais e das exposições não é possível
por causa das medidas de prevenção contra o coronavírus, a equipe do local
selecionou algumas fotos do espaço. A ideia é que os alunos e frequentadores
possam matar a saudade e, quem ainda não o conhece, fique curioso para
visitá-lo assim que for possível.
DE RESIDÊNCIA A CENTRO
CULTURAL - A história
do Solar do Barão começa em 1975, quando o prédio então pertencente ao Exército
foi adquirido pela Prefeitura. Ele passou por reformas e começou a funcionar em
novembro de 1980, sob gestão da Fundação Cultural de Curitiba, exatamente 100
anos depois de ter começado a servir de residência ao Barão e à sua família. É
tombado pelo estado e considerado Unidade de Interesse de Preservação do
município.
A
residência onde o Barão morou durante apenas 14 anos foi construída em estilo
eclético e corresponde ao prédio central do conjunto de três edificações. Hoje
funcionam no local o Museu da Gravura, os ateliês para criação e cursos de
gravura e as salas de exposições. Ao lado da xilogravura, serigrafia,
serigrafia e calcogravura, a litogravura é uma das técnicas de gravação
praticadas nos ateliês e cursos oferecidos no Solar do Barão.
ARTES GRÁFICAS - “O destaque dado a essa área tem tudo a ver com a atividade que o Barão
ajudou a impulsionar, para facilitar a industrialização da erva-mate”,
observa a coordenadora do Setor de Ação Educativa da Fundação Cultural, Hamilca
Cassiana Silva. A fim de embalar o produto, explica, o Barão fundou a
Impressora Paranaense, próxima da residência. Lá eram produzidas as embalagens,
usando a técnica da litografia (impressão que usa a pedra como matriz para
reprodução da imagem). A impressora ficava próxima, na esquina das ruas
Presidente Carlos Cavalcanti e Riachuelo.
No
mesmo estilo, à direita do solar propriamente dito, está a antiga Casa da
Baronesa – prédio construído finds no século XIX para abrigar a viúva do
ervateiro, Dona Maria José, e seus filhos. O Barão foi assassinado durante a
Revolução Federalista, em Morretes, com apenas 45 anos. Hoje, no solar da
família Pereira Correia, funcionam a Gibiteca e suas salas de cursos e
exposições.
O
conjunto à esquerda da antiga residência do empresário – hoje considerado herói
nacional – data do século XX e foi erguido pelo Exército. É a sede do Museu da Fotografia
e suas salas de exposições, além do Centro de Documentação e Pesquisa Guido
Viaro (biblioteca especializada em arte) e o Setor de Ação Educativa (criado
para promover a educação patrimonial de moradores, turistas, escolares e
universitários por meio de visitas mediadas a sete pontos do Centro Histórico e
proximidades). O Complexo Cultural Solar do Barão é um deles.
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