terça-feira, 25 de agosto de 2020

Chiquinha Gonzaga e Amália Rodrigues são homenageadas por orquestra feminina

A voz de Portugal e a pioneira da Música Popular Brasileira se encontram no repertório do conteúdo on-line Ônibus Palco na Quarentena. Os dois mais recentes vídeos trazem composições da portuguesa Amália Rodrigues e da carioca Chiquinha Gonzaga, interpretadas pela orquestra Ladies Ensemble, formada exclusivamente por mulheres. Ambos já podem ser assistidos gratuitamente no Instagram e Facebook do Ônibus da Cultura e no canal do YouTube do Solar do Rosário.

Um dos vídeos traz a música “Nossa Senhora de Nazaré” e é o segundo da série que a orquestra Ladies Ensemble gravou para homenagear  o centenário de nascimento de uma das maiores artistas portuguesas de todos os tempos, Amália Rodrigues, grande diva do Fado. Dona de uma voz marcante que fez sucesso no mundo todo e divulgou a cultura portuguesa internacionalmente, ela nasceu em 23 de julho de 1920 e faleceu em 6 de outubro de 1999.

Para a gravação, realizada com cada integrante tocando de sua casa, as Ladies convidaram dois músicos curitibanos: a cantora Orly Bach e o guitarrista Daniel Migliavaca. Ele toca a tradicional guitarra portuguesa, também conhecida como guitarra do fado.

Já a faixa “Corta Jaca”, um dos grandes sucessos de Chiquinha Gonzaga, inaugura uma série de quatro vídeos que as Ladies Ensemble farão para homenagear essa grande compositora da música brasileira. A estreia dessa música, em 26 de outubro de 1914, foi um ato de rebeldia contra os costumes da época. Chiquinha interpretou a canção no Palácio do Catete, sede do governo federal brasileiro na época, no Rio de Janeiro acompanhada pela primeira-dama Nair de Teffé, mulher do presidente Hermes da Fonseca.

Chiquinha Gonzaga foi pioneira na música e uma mulher à frente do seu tempo. Foi a primeira musicista de choro, autora da primeira marcha de carnaval – “Ó Abre Alas”, de 1899 – e também a primeira mulher a reger uma orquestra no Brasil, entre muitos outros atos ousados para a época. Tudo isso numa época em que apenas trabalhar fora de casa já era algo pouco usual, e muitas vezes reprovado, para uma mulher”, conta Fabiola Bach Akel, violinista e fundadora da orquestra.

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