Durante
todo o mês de agosto, a Cia Banquete Cultural está disponibilizando
gratuitamente em seu canal do YouTube o filme brasileiro “Mãezinha”, terceira parte da Trilogia do Afeto, criado pelo
cineasta Jean Mendonça como uma forma de reflexão sobre o período de isolamento
social imposta pela pandemia da Covid-19.
De
acordo com o cineasta, o filme é um exemplo de como a alegria de viver está nas
pequenas coisas, especialmente para os idosos que estão separados de suas
famílias e precisam aprender novas formas de se relacionar com a vida e com as
tecnologias. “Como os outros dois filmes
da trilogia, busco mostrar que as relações familiares podem ser fortalecidas
por novos mecanismos como a internet”, comenta.
Com
31 minutos de duração, o média-metragem tem como protagonista Hulda Mendonça, a
mãe do cineasta. Prestes a completar 72 anos, ela está sozinha e isolada em sua
casa na cidade de Pirapora (Minas Gerais), devido à pandemia do coronavírus.
Para espantar a solidão, mantém sua rotina de afazeres domésticos intercalando
com cantorias, lembranças, orações e telefonemas com os filhos, que ajudam a
matriarca da família a enfrentar os momentos difíceis, sempre com fé, alegria e
esperança.
A
estreia no YouTube foi no dia do aniversário de Hulda Mendonça, em 30 de julho.
“Esta obra simplória, híbrida entre preto
e branco e cores vibrantes, inteiramente filmada por smartphone e aplicativo de
videochamada, encerra a Trilogia do Afeto em família nos tempos de isolamento
social e é dedicada aos 72 anos de mãezinha e a todos os idosos que tanto nos
inspiram com suas histórias de vida. Que lembremos sempre deles como sementes
do nosso presente”, ressalta Jean Mendonça.
TRILOGIA DO AFETO - Todos os filmes da Trilogia do Afeto foram produzidos com os familiares do cineasta. O primeiro, “Aos Meus Filhos”, tem como protagonistas o próprio Jean e seu filho João Bernardo. A história fala da solidão, da paternidade, do humano falho que existe em nós e da esperança do reencontro. É um tributo de amor de um pai aos seus filhos. “Afastado do filho e isolado num quarto frio de hotel, reflito sobre o sentido da vida, os desafios da paternidade e a das relações de afeto momentaneamente estabelecidas através de telefonemas, jogos eletrônicos em sala virtual e videochamadas”, explica o cineasta. Para assistir “Aos Meus Filhos” clique AQUI.
Já
o segundo, “Sem Horas de Mim”, é protagonizado pelas suas duas outras filhas,
Rafaela e Gabriela, e mostra a relação delas com o pai diante da possibilidade
de estar com a covid-19. O nome do filme é inspirado em um poema que Jean
escreveu para elas. De acordo com o cineasta, o sentimento de solidão, as
conversas por videoconferência e os momentos de pânico por acreditar estar com
o novo coronavírus serviram de mote para a história, que tem um certo humor
ácido. Clique AQUI para assistir “Sem Horas de Mim”.
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