Atualmente,
13 colégios da rede estadual de ensino funcionam em bens tombados, seja pelo
Governo do Estado, por meio da Coordenação do Patrimônio Cultural, ou dentro de
conjuntos urbanos tombados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico
Nacional (Iphan). A Secretaria de Estado da Educação e do Esporte destaca as
unidades nesta terça-feira, 17 de agosto, Dia Nacional do Patrimônio Cultural,
também chamado de Patrimônio Histórico. São seis instituições em Curitiba e as
demais em Paranaguá, Antonina, Ponta Grossa e Lapa que, além de representar um
patrimônio arquitetônico, guardam parte da memória da educação paranaense.
Conheça um pouco mais sobre as escolas:
COLÉGIO ESTADUAL DO
PARANÁ (Curitiba) - A
sede atual do Colégio Estadual do Paraná foi inaugurada no dia 29 de março de
1950 na presença de várias autoridades. O colégio representa a continuidade do
tradicional Lycêo de Corytiba, fundado em 1846, sete anos antes da criação da
Província do Paraná, em 1853. Trata-se da mais antiga repartição do Estado. Na
época da sua entrega ao público, era considerado não só o maior colégio da
América do Sul, como também o mais moderno, em função dos recursos educacionais
e administrativos. Além de sua relevante importância arquitetônica
transformou-se, com o passar do tempo, em destacado marco sociocultural do
Paraná.
INSTITUTO DE EDUCAÇÃO DO
PARANÁ (Curitiba) - A
instituição foi criada em 12 de abril de 1876, com o nome de Escola Normal.
Está localizado no atual prédio (o Palácio da Instrução, na Rua Emiliano
Perneta) desde 1922. O imóvel passou por algumas ampliações, mas foram mantidas
todas as características originais. A instituição, que é um marco referencial
para o ensino no Paraná, ganhou o nome de Erasmo Pilotto em 1992, em homenagem
ao professor que lecionou na instituição. Além dele, outra figura de destaque
que passou pelo Instituto foi a poetisa paranaense Helena Kolody, que trabalhou
na escola como professora durante 23 anos.
COLÉGIO ESTADUAL
LYSÍMACO FERREIRA DA COSTA
(Curitiba) - O Colégio Estadual e antigo Grupo Escolar Lysimaco Ferreira da
Costa foi construído na esquina da Av. Iguaçu com a Av. Castro Alves. A obra
foi iniciada em setembro de 1943 e concluída três anos depois. Esse projeto é o
melhor exemplo da influência da arquitetura neocolonial na construção de
escolas em Curitiba. Em 1964, passou a oferecer a Escola Normal, que deu um
status ao colégio, pois transformou-se numa das referências na formação de professores.
Quanto ao modelo construtivo, incorporou estilos da arquitetura barroca,
combinação de referências coloniais brasileiras e elementos da arquitetura
religiosa. Assim, mesclaram-se arcadas e balcões para a composição da fachada.
O corpo central dessa fachada assemelha-se aos frontispícios de algumas igrejas
e conventos.
COLÉGIO ESTADUAL DOUTOR
XAVIER DA SILVA (Curitiba)
- Antigo Grupo Escolar Dr. Xavier da Silva, é considerado o primeiro grupo
escolar do Paraná. Foi projetado pelo engenheiro civil Cândido Ferreira de
Abreu, em 1902. O edifício está implantado no alinhamento predial na esquina
das avenidas Marechal Floriano Peixoto e Silva Jardim e simboliza o início do
ensino seriado no Paraná e a importância da educação para a República. O
edifício foi inaugurado em 10 de dezembro de 1903 e fez parte das comemorações
do cinquentenário da emancipação da Província do Paraná.
COLÉGIO ESTADUAL DOM
PEDRO II (Curitiba) -
O antigo Grupo Escolar Dom Pedro II foi inaugurado em 24 de fevereiro de 1928.
Sua distante localização em relação ao centro da cidade – para a época – não
impediu o esmero construtivo. O edifício do D. Pedro II se rivalizou com outros
três marcos do período: as escolas normais de Curitiba, de Ponta Grossa e de
Paranaguá. Em 1975, o Grupo Escolar Dom Pedro II e o Ginásio Estadual República
Argentina se tornaram a mesma escola e, a partir disso, o prédio passou a
sediar a Escola Estadual Dom Pedro II. Sua arquitetura é bastante eclética, com
elementos clássicos e alguns traços mais trabalhados.
ANTIGO COLÉGIO ESTADUAL
TIRADENTES/CEAD POTTY LAZAROTTO
(Curitiba) - O imóvel entre a Rua Presidente Faria (ao lado Passeio Público) e
a Praça 19 de Dezembro, no Centro de Curitiba, foi sede do antigo Colégio
Tiradentes e atualmente é casa do CEAD Potty Lazarotto, que funciona como um
centro estadual de EJA (Educação de Jovens e Adultos). O imóvel está tombado
dentro de um conjunto de edificações do Centro Cívico considerados patrimônios
históricos do Paraná: Palácio Iguaçu, Praça 19 de Dezembro, Prefeitura
Municipal, Casa da Criança, Tribunal do Júri, Palácio da Justiça, Assembleia
Legislativa, Tribunal de Contas e Edifício Castelo Branco.
INSTITUTO ESTADUAL DE
EDUCAÇÃO DOUTOR CAETANO MUNHOZ DA ROCHA (Paranaguá) - A inauguração ocorreu em 29 de julho de
1927 como Escola Normal de Paranaguá. Para a época, foi considerado um suntuoso
edifício com suas 24 salas de aula e demais dependências. Em 1952, passa à
denominação de Escola Secundária Dr. Caetano Munhoz da Rocha (governo no qual
foi construído o prédio) e, em 1967, Instituto de Educação, mantendo o nome de
seu fundador. O prédio, localizado na Rua João Eugênio esquina com Comendador
Correia Jr., expressa no ecletismo e a linguagem neoclássica que caracterizam
os edifícios públicos daquele período. O Instituto de Educação de Paranaguá é
considerado um dos colégios modelos do Paraná, além de representar uma parcela
da história dessa cidade. Implantado em terreno mais alto que as ruas que o
circundam, impõe-se não só pelas suas dimensões, mas sobretudo pela sua
qualidade arquitetônica.
ESCOLA ESTADUAL FARIA
SOBRINHO (Paranaguá) -
A Casa Escolar Faria Sobrinho, assim denominada antigamente, teve a sua pedra
fundamental lançada em 24 de junho de 1888. Além de abrigar a escola, o prédio
também era cedido, sem prejuízo aos educandos, para festas cívicas e
exposições. Em 1926, o local foi cedido ao Estado pelo município e, no
seguinte, foi inaugurada a Escola Normal Dr. Caetano Munhoz da Rocha. O já
denominado Grupo Escolar Faria Sobrinho transferiu-se com todo o corpo docente
e discente para as dependências escolares anexas à Escola Normal, hoje com o
nome de Instituto Estadual de Educação Dr. Caetano Munhoz da Rocha. No ano de
1939, foi reaberta, passando a funcionar no prédio da Escola Paroquial. Somente
em 1942, a Casa Escolar Faria Sobrinho voltou à sua sede de origem, onde
permanece até hoje.
COLÉGIO ESTADUAL REGENTE
FEIJÓ (Ponta Grossa) -
O Colégio Estadual Regente Feijó foi construído em 1927, na Rua do Rosário. É
um importante marco da paisagem urbana da cidade de Ponta Grossa. Situado numa
das principais praças da cidade, impõe-se no conjunto pela sobriedade e
imponência da sua arquitetura. É uma construção de dois pavimentos, implantada
numa esquina, com recuo para uma das ruas. Exemplo do ecletismo da época,
possui um repertório simples de ornamentos.
CENTRO ESTADUAL DE
EDUCAÇÃO PROFESSOR DOUTOR BRASÍLIO MACHADO (Antonina) - É uma das escolas mais antigas do Estado,
inaugurada no dia 15 de agosto de 1885. Chamava-se Casa Escolar Dr. Brasílio
Machado de Oliveira, quando este era presidente da Província do Paraná. Em
1912, passa à categoria de Grupo Escolar e em 1947 foi instalado o ginásio. Já
em 1985, quando de seu centenário, a escola, após uma grande reforma, foi
solenemente reinaugurada com a presença de autoridades. O Movimento Pró-Escola
Estadual Dr. Basílio Machado foi composto por membros da comunidade e veio ao
encontro dos anseios dos moradores e principalmente dos educadores da cidade de
Antonina.
COLÉGIO ESTADUAL ROCHA
POMBO (Antonina) - O
Colégio Estadual Rocha Pombo teve sua inauguração em 31 de março de 1939. Seu
nome é em homenagem ao grande historiador paranaense da cidade de Morretes. De
1954 a julho de 1959, esteve fechado, e em 1966 foi ampliado, quando passou a
funcionar a Escola Normal Mestra Anna Ayrosa. No ano seguinte, foi denomindo
Escola de Aplicação Rocha Pombo. Atualmente, chama-se Colégio Estadual Rocha
Pombo.
COLÉGIO ESTADUAL MOYSÉS
LUPION (Antonina) -
Foi criado em 31 de agosto de 1946, como Ginásio Municipal de Antonina, com
início das aulas em 1947. Em 1948, o passou a funcionar nas instalações do
Grupo Escolar Rocha Pombo, permanecendo lá até 1951. Em 1950, o ginásio passou
de municipal para estadual; dois anos depois, foi para a atual sede, na Avenida
Conde Matarazzo. Na mesma década, incorporou a suas dependências a 1ª e a 2ª
séries da Escola Normal Secundária de Antonina. No fim da década de 70, com uma
nova reorganização das escolas estaduais do município, tornou-se o Colégio
Estadual Valle Porto. Em 1991, por vontade da comunidade, o colégio voltou a
ter a sua anterior nomenclatura, Colégio Estadual Moysés Lupion, ex-governador
responsável pelos envios de verbas para a construção do prédio.
COLÉGIO ESTADUAL SÃO
JOSÉ (Lapa) - O
colégio foi fundado em 31 de janeiro de 1906, por solicitação do vigário da
paróquia, Monsenhor Lamartini, ao lado das irmãs Madre Maria Antonieta Perrot,
Madalena de Jesus Rivet, Ana Magalhães e Judith Cheschim. Em 1938, o Estado
reconheceu a escola como estabelecimento de ensino com o nome de Colégio São
José. Em 1949, foi pedido o funcionamento do curso ginasial e, assim, tornou-se
Ginásio São José. No final de 1981, devido a inúmeros problemas ,
principalmente o número reduzido de irmãs educadoras, o Colégio São José
encerrou suas atividades. O Governo comprou o imóvel em 23 de agosto de 1982.
De 1982 a 1992, diversas instituições estaduais se alojaram no imóvel, como
Inspetoria Estadual de Ensino, Acarpa, Naes (Núcleo Avançado de Estudos
Supletivos), o antigo IAP (Instituto Ambiental do Paraná), Escola Estadual
Barão do Rio Branco, até passar a Colégio Estadual São José, por ocasião do
tombamento da Lapa pelo Iphan. O colégio fica Rua Barão do Rio Branco, 1453, no
Centro da cidade.
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