Nesta
segunda-feira (2), foi dia de comemorar os 63 anos do Mercado Municipal de
Curitiba. Como presente, o município prepara uma grande revitalização da
região, com direito a um boulevard com paisagismo, passeio e mesas externas e
outras intervenções urbanas que fazem parte do projeto Caminhar Melhor.
Programa
obrigatório para curitibanos e para quem visita a capital, o Mercado Municipal
recebe, anualmente, 3,3 milhões de pessoas em busca de hortifrutigranjeiros,
cereais, carnes, peixes, especiarias e pratos de todas as partes do mundo. O
espaço, vinculado à Secretaria Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional
(SMSAN), ocupa uma área de 16,8 mil metros quadrados e reúne 362 unidades
comerciais, entre boxes e bancas, comandados por 196 comerciantes, que vendem
mais de 72 mil itens.
Considerado
serviço essencial, o Mercado Municipal funcionou mesmo durante os momentos mais
críticos da pandemia para garantir alimentação à população da capital. O local
adotou medidas para reduzir a chance de contágio da covid-19, como oferta de
álcool em gel, uso obrigatório de máscara e reforço de informações sobre
prevenções e cuidados.
PIONEIRISMO - “São
décadas de história e de vidas que se entrelaçam no Mercado Municipal, ligando
frequentadores, comerciantes e trabalhadores”, destaca o secretário
municipal de segurança alimentar e nutricional, Luiz Gusi. Ele lembra que, em
63 anos de existência, o espaço passou por reformas e ampliações. Ganhou o
primeiro setor de orgânicos do país, referência nacional, a nova entrada da
Avenida Sete de Setembro, a ampliação da praça de alimentação, as primeiras
salas de manipulação de alimentos do mundo em um mercado e, já na gestão do
prefeito Rafael Greca, a revitalização da fachada da rua General Carneiro.
Cleverson
Schilipacke, presidente Associação dos Comerciantes Estabelecidos no Mercado
Municipal de Curitiba (Ascesme), reforça que o espaço é um ponto de encontro
dos curitibanos e programa obrigatório de quem vem a Curitiba. “O Mercado Municipal é um local onde reúne
pessoas de várias regiões do país, não só aqui da nossa cidade, então traz
muito valor para o município. "Com uma variedade muito grande de produtos,
o curitibano faz questão de trazer um amigo, um parente de fora para conhecer.
São vários gostos, sabores, aromas reunidos em um só local”, acrescenta
ele.
BOULEVARD - O grande legado da gestão do
prefeito Rafael Greca para o Mercado Municipal será a transformação dos
passeios em entorno do local em um grande boulevard, dando prioridade aos pedestres
e aos deslocamentos não motorizados. O projeto prevê a revitalização de uma
área de dez quadras em torno do Mercado Municipal.
A
intenção é que as pessoas utilizem o espaço público não apenas como local de
passagem, mas de encontro e permanência.
O
projeto contemplará a valorização do espaço público, com a melhoria da paisagem
urbana, da segurança nos deslocamentos e com a criação de novas conexões
cicloviárias e de favorecimento à caminhabilidade.
As
intervenções fazem parte do projeto Caminhar Melhor, que conta com R$ 40
milhões para investimentos em novas calçadas e em estrutura cicloviária, com
recursos do Finisa, o Programa de Financiamento para Infraestrutura e
Saneamento da Caixa Econômica Federal.
O
Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc) já concluiu o
anteprojeto para a área e os projetos executivos de paisagismo, iluminação,
drenagem e de pavimentação estão sendo feitos. A previsão é que os projetos de
engenharia sejam concluídos no segundo semestre de 2021 e as obras iniciadas em
2022.
CURIOSIDADES - O Mercado Municipal foi construído
entre 1956 e 1958, projetado por um jovem engenheiro na época, o ex-prefeito de
Curitiba Saul Raiz, hoje com 91 anos. A construção foi autorizada, em 1954,
pelo então prefeito do município, o ex-governador e ex-ministro Ney Braga
(1917-2000).
A
primeira sede do Mercado Municipal ficava na atual Praça Zacarias e surgiu em
1860. Naquela época, o espaço era popularmente chamado de Mercado dos
Quartinhos. A segunda “casa” foi construída no Largo da Cadeia, atual Praça
Generoso Marques, em 1874. Em 1914, essa sede foi demolida para dar lugar ao
Paço Municipal. Então, o mercado funcionou no Batel, de 1915 a 1937, quando foi
demolido. Ele ficava onde é hoje a Praça Theodoro Bayma. Só em 1943, o
urbanista francês Alfred Agache apresentou o Plano Agache, que propôs a
construção de um novo Mercado Municipal, na sede atual.
O
Mercado Municipal tem entradas pelas ruas da Paz e General Carneiro e avenidas
Sete de Setembro e Presidente Affonso Camargo. No total, há 17 acessos
distribuídos em seus quatro lados e dois andares.
Os
frequentadores do Mercado Municipal podem conferir pratos nos inúmeros
restaurantes que são referências gastronômicas de Curitiba. O espaço da
Prefeitura já foi destaque no programa
Mais Você, da Globo.
O
Mercado Municipal conta com o primeiro Setor de Orgânicos do Brasil, inaugurado
em 2009, com ampla oferta de produtos livres de agrotóxicos e aditivos
químicos, além de um restaurante, um café e uma lanchonete.
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