O
Memorial da Imigração Ucraniana ganhou, nesta terça-feira (24), um conjunto de
pinturas assinadas pelo artista ucraniano e especialista em arte religiosa
antiga Sviatoslav Vladyka. A ampliação do acervo do espaço - que tem 26 anos e
foi inaugurado na primeira gestão do prefeito Rafael Greca, junto ao Parque
Tingui - marca os 130 anos da imigração ucraniana e os 30 anos da renovação da
independência da Ucrânia.
São
sete pinturas iconográficas dos mais conhecidos santos e anjos do catolicismo,
além de retratos de dois poetas – o ucraniano Taras Shevchenko e a paranaense
descendente de ucranianos Helena Kolody. A instalação das obras de arte foi
coordenada pela Fundação Cultural de Curitiba (FCC), que administra o espaço
por meio da Coordenação de Etnias.
Para
Greca, a obra complementar do local representa a importância da memória e da
sua preservação. Os ucranianos começaram a chegar ao Paraná em 1891 e
intensificaram sua vinda a partir de 1895, com destino a Mallet e
Prudentópolis. “Que seu legado seja
também um manifesto permanente pela independência e autodeterminação da Ucrânia”,
disse o prefeito.
TRADIÇÃO E HISTÓRIA - A solenidade começou ao som do
acordeon do maestro e presidente da Sociedade Ucraniana do Brasil, Felipe
Oresten. Ele tocou para que o tenor Vitório Scarpi cantasse o Hino Nacional da
Ucrânia e o Hino Espiritual daquele país, intitulado Bóje Velêkey Yedêney. A
seguir, os religiosos abençoaram o local e os poucos participantes, que
observaram o distanciamento e o uso de máscara.
Falando
pelo governo ucraniano, o cônsul honorário Mariano Czaikowski elogiou o cuidado
com o Memorial. “Isso revela o amor à
nossa cultura e às nossas tradições”, disse. Ele também relatou uma
coincidência envolvendo o segundo prenome do prefeito, Valdomiro. “Este é o nome do responsável pela
cristianização da Ucrânia”, disse.
Para
o presidente da Representação Central Ucraniano-Brasileira, Vitório Sorotiuk, o
prefeito entendeu a extensão do sonho iniciado com a chegada dos primeiros
ucranianos e de cada imigrante dos diferentes povos. “Por isso ele plantou um memorial em cada ponto da cidade”,
observou.
PRESENÇAS - Participaram do evento a presidente
da FCC, Ana Cristina de Castro; o representante do arcebispado metropolitano da
Igreja Greco-Católica-Ucraniana, padre Elias Marinhuk; e o arcebispo de
Aspendos e Eparca da Igreja Ortodoxa Ucraniana no Brasil e na América do Sul,
Jeremias Ferens; e o diretor do Seminário São Basílio, padre Soter Schiller.
Também
estiveram no Memorial o presidente do Clube Poltava, Carlos Valdir Henze; a
presidente da Comissão da Igreja Ucraniana Nossa Senhora Auxiliadora, Elisabete
Beltrami; o presidente da Sociedade dos Amigos da Cultura Ucraniana, Metódio
Groxko; o presidente da Comissão da Igreja Ucraniana Nossa Senhora Auxiliadora,
Mario Katchuk, e o pároco Eufrem Krefer; o vice-presidente da Representação
Central Ucraniano-Brasileira, Felipe Lucas; e o diretor da Câmara de Comércio,
Indústria e Inovação Brasil-Ucrânia, Rafael Lucas.
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