terça-feira, 24 de agosto de 2021

Visita segura da exposição “O Que Resta”, de Teca Sandrini, no Espaço Cultural BRDE

A artista Estela Sandrini se refere à exposição de arte que estava montada fazia tempo no Espaço Cultural BRDE, e só no dia 4 de agosto, abriu para visita presencial, mediante agendamento prévio. “O que resta agora é só cuidar e tratar as pessoas com mais afeto e carinho”. É assim que Teca, artista com uma longa trajetória na arte, define sua exposição chamada “O Que Resta”, no Palacete dos Leões.

Teca, ao se referir à mostra, detalha o conceito que perpassa as oito pinturas de grandes dimensões, dois desenhos, três esculturas de mármore e um voil: um convite a um universo de detalhes. “O nome se refere a uma pessoa com idade avançada, como eu. Aos meus 77 anos de idade, o que coloquei nessa exposição foi o afeto, por isso as obras são grandes, é para que o público se sinta dentro da pintura, se envolva comigo como artista”, completa Teca. 

A artista também trouxe acessibilidade aos deficientes visuais em sua exposição. “Nós fizemos cada trabalho com um QR Code onde eu descrevo para a pessoa como eu fiz aquela obra, porque a fiz e como eu senti”, detalha Teca.

Nas palavras da crítica de arte Maria José Justino, que assina a curadoria da exposição, o trabalho de Teca “é inseparável de sua existência” e os papéis de criadora e criatura se confundem constantemente. “As retinas fatigadas de Sandrini prosseguem executando a sua reforma doméstica. A pintura continua passional, dramática, brutal, moldada quase que exclusivamente pela cor, que inscreve, no branco da tela, traços cruéis e fortes”, escreve Justino em seu texto “Teca Sandrini, água de todas as possibilidades”.

Estela Sandrini é formada em pintura na Escola de Música e Belas Artes do Paraná e tem especialização em Antropologia Filosófica pela Universidade Federal do Paraná. Trabalhou no ateliê do Professor Juan Carlo Labourdette, em Buenos Aires e no Maryland Institute of Art, nos Estados Unidos. Entre 2011 e 2017 foi Diretora Cultural do Museu Oscar Niemeyer. Participou de inúmeras exposições coletivas e individuais no Brasil e no exterior e possui obras em importantes acervos institucionais.

A exposição “O Que Resta” - que pode ser visitada até dia 10 de setembro -, é uma realização do BRDE por meio do edital de Artes Visuais do Espaço Cultural BRDE – Palacete dos Leões. O projeto foi realizado por meio do Programa de Apoio e Incentivo à Cultura da Fundação Cultural de Curitiba e Prefeitura Municipal de Curitiba, com incentivo da Ademilar Consórcio de Imóveis.

VISITA SEGURA - Em sua reabertura o Palacete adotou o agendamento das visitas. Obrigatório uso de máscara durante todo o período no Palacete, mediação da temperatura corporal, seguir as regras de distanciamento social, entre outras medidas. O Palacete passou a adotar a certificação chamada de Local Confiável, a qual permite um monitoramento local e em tempo real das normas sanitárias com o objetivo de garantir a saúde de seus colaboradores e visitantes.

O Espaço Cultural BRDE - Palacete dos Leões está situado na Av. João Gualberto, 570, Alto da Glória. Horário de visitação: de terça a sexta, 14h às 17h, mediante agendamento em www.brde.com.br/palacete. A entrada é gratuita.

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