A
artista Estela Sandrini se refere à exposição de arte que estava montada fazia
tempo no Espaço Cultural BRDE, e só no dia 4 de agosto, abriu para visita
presencial, mediante agendamento prévio. “O
que resta agora é só cuidar e tratar as pessoas com mais afeto e carinho”.
É assim que Teca, artista com uma longa trajetória na arte, define sua
exposição chamada “O Que Resta”, no Palacete dos Leões.
Teca,
ao se referir à mostra, detalha o conceito que perpassa as oito pinturas de
grandes dimensões, dois desenhos, três esculturas de mármore e um voil: um
convite a um universo de detalhes. “O
nome se refere a uma pessoa com idade avançada, como eu. Aos meus 77 anos de
idade, o que coloquei nessa exposição foi o afeto, por isso as obras são
grandes, é para que o público se sinta dentro da pintura, se envolva comigo
como artista”, completa Teca.
A
artista também trouxe acessibilidade aos deficientes visuais em sua exposição.
“Nós fizemos cada trabalho com um QR Code
onde eu descrevo para a pessoa como eu fiz aquela obra, porque a fiz e como eu
senti”, detalha Teca.
Nas
palavras da crítica de arte Maria José Justino, que assina a curadoria da
exposição, o trabalho de Teca “é
inseparável de sua existência” e os papéis de criadora e criatura se
confundem constantemente. “As retinas fatigadas
de Sandrini prosseguem executando a sua reforma doméstica. A pintura continua
passional, dramática, brutal, moldada quase que exclusivamente pela cor, que
inscreve, no branco da tela, traços cruéis e fortes”, escreve Justino em
seu texto “Teca Sandrini, água de todas as possibilidades”.
Estela
Sandrini é formada em pintura na Escola de Música e Belas Artes do Paraná e tem
especialização em Antropologia Filosófica pela Universidade Federal do Paraná.
Trabalhou no ateliê do Professor Juan Carlo Labourdette, em Buenos Aires e no
Maryland Institute of Art, nos Estados Unidos. Entre 2011 e 2017 foi Diretora
Cultural do Museu Oscar Niemeyer. Participou de inúmeras exposições coletivas e
individuais no Brasil e no exterior e possui obras em importantes acervos
institucionais.
A
exposição “O Que Resta” - que pode ser visitada até dia 10 de setembro -, é uma
realização do BRDE por meio do edital de Artes Visuais do Espaço Cultural BRDE
– Palacete dos Leões. O projeto foi realizado por meio do Programa de Apoio e
Incentivo à Cultura da Fundação Cultural de Curitiba e Prefeitura Municipal de
Curitiba, com incentivo da Ademilar Consórcio de Imóveis.
VISITA SEGURA - Em sua reabertura o Palacete adotou
o agendamento das visitas. Obrigatório uso de máscara durante todo o período no
Palacete, mediação da temperatura corporal, seguir as regras de distanciamento
social, entre outras medidas. O Palacete passou a adotar a certificação chamada
de Local Confiável, a qual permite um monitoramento local e em tempo real das
normas sanitárias com o objetivo de garantir a saúde de seus colaboradores e
visitantes.
O Espaço Cultural BRDE - Palacete dos Leões está situado na Av. João Gualberto, 570, Alto da Glória. Horário de visitação: de terça a sexta, 14h às 17h, mediante agendamento em www.brde.com.br/palacete. A entrada é gratuita.
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