quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Atração da 31ª Oficina de Música de Curitiba, Digitópia permite que qualquer pessoa se torne um compositor

A Digitópia itinerante, criada em 2007, no âmbito da Casa da Música da cidade do Porto, em Portugal, viaja por diversos países ensinando ao público leigo e profissional o passo a passo para a criação coletiva ou individual de músicas em formato digital. Composta por computadores, iPhones, microfones, instrumentos e softwares livres (custo zero), a plataforma estimula novas relações com o processo criativo e permite que, de maneira intuitiva, cliques sejam transformados em  música.
 A Digitópia surgiu como um espaço para desenvolver comunidades informais de criação artística, ligadas às novas tecnologias”, explica o músico e curador do projeto, José Alberto Gomes (29). A ideia obteve tanto sucesso, que se tornou itinerante, já tendo passado por diversas cidades de Portugal, Espanha e agora, na 31ª Oficina de Música, desembarca pela primeira vez no Brasil. “Em breve, passaremos pela Inglaterra, EUA e Suíça, e também lançaremos o primeiro disco do projeto, em março ou abril desse ano”, conta orgulhoso.
O fundador do programa de atividades educativas da Casa da Música, entre eles a Digitópia, Arthur Manuel Lopes de Carvalho (33), explica a origem do nome: uma utopia que busca se estabelecer por meio do uso de recursos digitais. Assim, o projeto oferece a crianças, jovens e adultos, um espaço para exprimam, à sua maneira, a criatividade que, acreditam os criadores, todos possuem para experimentar e criar. “O público que não entende teoria musical, acaba adquirindo conhecimentos para avançar ou, no mínimo, se diverte com o processo. Já os profissionais do ramo, descobrem novas maneiras de compor, novas abordagens para seus processos criativos”, explica.
 As pessoas têm medo da tecnologia”, afirma Gomes. “Mas depois que rompem essa barreira que as separa da experimentação, surpreendem-se com os resultados que obtêm aqui”. Aliás, tudo o que for aprendido e criado na Digitópia, pode ser levado para casa, seja em CDs ou pendrives. E os softwares usados no espaço, como o Portophone, um mapa interativo com sons da cidade do Porto, e o Políssonos, que permite a criação de narrativas sonoras com instrumentos virtuais e figuras geométricas, estão disponíveis no site oficial do projeto para download gratuito (www.digitopia-cdm.net). “O objetivo é que todos possam ter acesso às essas ferramentas e deem continuidade ao aprendizado onde quer que estejam”, diz.
Em Curitiba, a Digitópia itinerante está instalada no terceiro andar do Sesc Paço da Liberdade, e até sexta-feira (18), das 14h às 15h30, aulas gratuitas e abertas ao público serão ministradas pelos monitores do projeto.

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