terça-feira, 17 de janeiro de 2017

Livro apresenta Jovem Guarda e Tropicália ao público jovem

Nas décadas de 1960 e 1970, tanto a Jovem Guarda quanto a Tropicália, dois movimentos de características musicais bem distintas, faziam a alegria dos jovens daquelas épocas. O primeiro trouxe o rock'n'roll e a guitarra elétrica para dentro do Brasil e tinha como seus principais representantes os cantores Roberto Carlos, Erasmo Carlos e Wanderléa. Já o segundo juntou a guitarra e o violão e misturou vários ritmos dando voz a Caetano Veloso, Gilberto Gil, Mutantes, Tom Zé, Gal Costa, entre outros.
Os dois gêneros mesclavam música, comportamento e moda, e motivaram a juventude a ter consciência, atitudes, gostos e consumo próprios. Esse caldeirão de transformação cultural no Brasil inspirou Carla Gullo, Rita Gullo e Camilo Vannuchi a viajarem no tempo. O resultado foi o livro “Jovem Guarda e Tropicália”, publicado pela Editora Moderna. Na obra, os autores resgatam a influência das raízes musicais na vida e no comportamento daqueles que vivenciaram esses movimentos. Do iê-iê-iê aos convidativos acordes de “Aquele Abraço”, a história brasileira e a música se tornam uma só nessa obra que promete embalar a leitura de crianças e jovens.
Rico em ilustrações de Thiago Lopes, o livro começa abordando a história da Jovem Guarda, a influência dos Beatles, o contexto político do Brasil, a importância dos programas de televisão para propagação do gênero, curiosidades e o legado deixado por esse estilo musical: “Foi um fenômeno de massa que encantou várias faixas etárias e bateu forte no coração de crianças e jovens que se viam ali representados. Iniciativas como a desse livro contribuem para que esses movimentos permaneçam para sempre”, celebra Wanderléa, uma das artistas que representou o movimento, no texto de abertura do livro, assinado por ela.
A segunda parte do título é dedicada ao estilo musical que veio na sequência, a Tropicália. Nessa parte, o leitor conhece os principais nomes que concorreram nos festivais de música brasileira, as polêmicas que envolviam os artistas, suas influências, as gírias do movimento, as roupas que seus representantes vestiam, o disco-manifesto, inspirado no Manifesto Antropofágico, que pretendia transformar tudo em cultura brasileira, entre outros.
A obra, indicada para leitores a partir de 9 anos de idade, chega para complementar a coleção Ritmos do Brasil (Ed. Moderna), que já conta com os títulos “Choro e Música Caipira” e “Samba e Bossa Nova”, dos mesmos autores.

Nenhum comentário:

Postar um comentário