O
Brasil alcançou nas últimas semanas o epicentro mundial da pandemia pelo novo
Coronavírus. O aumento do número de casos e mortes pela doença é espantoso. Com
esta motivação o médico Carlos Homero Giacomini passou a produzir crônicas
sobre a pandemia, mesclando os acontecimentos marcantes do país às mudanças em
seu próprio cotidiano. Em “Pasquim da Pandemia”, ele não só expõe medos e
inseguranças sobre a doença, mas também reflete sobre o momento histórico de
instabilidade política que o Brasil vive, e como isso afetou o tratamento da
maior crise sanitária da nossa história recente.
Tendo
trabalhado durante 35 anos como gestor público, na saúde e em outras áreas de
governo, Homero traz uma perspectiva particular da pandemia, relatando com
franqueza e uma dose de humor os desafios da saúde pública brasileira.
A ORIGEM DO TÍTULO - A palavra pasquim diz respeito a
textos irônicos dirigidos às autoridades vigentes. O termo criado na Roma
antiga foi bastante utilizado no Brasil durante a década de 1970 por
jornalistas e quadrinistas opositores ao regime militar. Resgatada por Homero,
a palavra dá o tom à análise política presente no livro, que tece críticas
contundentes às medidas governamentais de combate ao coronavírus e analisa como
a pandemia expõe cada vez mais as fragilidades da democracia no país.
A SITUAÇÃO DOS MAIS
VULNERÁVEIS - O
médico e escritor afirma que a pandemia pegou o mundo despreparado. “Muitas coisas já não iam bem e agora ficaram
piores, em especial para cerca de 30% dos brasileiros que vivem sob múltiplas
carências e que estão morrendo em maior número proporcionalmente”, explica
o autor. Ele acrescenta que a falta de união no combate à pandemia impõe seu
preço: “é triste ver o país desunido no
combate à pandemia, sem ter tido a capacidade de alinhar as forças sociais na
mesma missão de salvar vidas e diminuir os efeitos negativos sobre a economia”.
Para Homero, a liderança tem peso primordial nesse contexto desafiador e o que
foi feito até o momento não basta. “Quem
poderia ter assumido o papel de liderança escolheu não fazê-lo, sequer foi
solidário, deixando o país perplexo e desorientado. Muitos estão convencidos de
que esta fuga às inegáveis responsabilidades de presidente, sobretudo nas horas
mais críticas da nação, só pode ser explicada por motivos ainda não claros, que
quase ferem de morte nossa frágil democracia, mas que, por obra dela mesma,
começam a ser esclarecidos. Vai passar, mas muitos não poderão se orgulhar do
papel que desempenharam para isso”, conclui o autor.
O FINANCIAMENTO COLETIVO - “Pasquim da Pandemia” é o quarto
livro do médico paranaense. A obra faz parte de um projeto de financiamento
coletivo, em que leitores e apoiadores contribuem com um valor e escolhem uma
entre as recompensas disponíveis. As colaborações podem ser feitas a partir de
R$ 15,00. O livro em formato digital pode ser adquirido por R$ 29,00 e o
exemplar impresso autografado por R$ 49,00Para apoiar, basta se cadastrar no
site Catarse, escolher o valor da colaboração e a forma de pagamento, que pode
ser em cartão de crédito ou boleto bancário.
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