quinta-feira, 1 de junho de 2017

Mostra no MON apresenta a relação estreita entre arte e cartografia

O Museu Oscar Niemeyer (MON) abriu a exposição “A vastidão dos mapas - Arte contemporânea em diálogo com mapas da Coleção Santander Brasil”. A mostra traz um conjunto de mapas originais dos séculos XVI ao XVIII do núcleo de cartografia da Coleção Santander Brasil, num diálogo instigante com obras contemporâneas que se relacionam com questões como o mapeamento do espaço, das fronteiras, dos deslocamentos e fluxos territoriais, econômicos, culturais e subjetivos.
Essa exposição que chega agora ao Museu Oscar Niemeyer, com curadoria do genial Agnaldo Farias, que mostra um pouco da cartografia dos séculos XVI ao XVIII, é uma exposição que tem esse aspecto histórico, de resgate, que mostra os espaços, as fronteiras, os fluxos territoriais, os deslocamentos. Acredito que vai deixar marcas importantes para quem conferir de perto essa exposição”, comenta o secretário de Estado da Cultura, João Luiz Fiani.
Segundo Juliana Vosnika, diretora-presidente do Museu Oscar Niemeyer, "a mescla de mapas históricos com os realizados por artistas contemporâneos, fará com que o público do Museu Oscar Niemeyer, além da oportunidade de conhecer obras do significativo acervo da Coleção Santander Brasil, forme uma análise crítica sobre o papel da arte e as relações com o mundo”.
Para Marcos Madureira, vice-presidente executivo de Comunicação, Marketing, Relações Institucionais e Sustentabilidade do Santander Brasil, “propiciar renovadas possibilidades de leitura do acervo de arte do Santander e apresentar o que de mais novo tem se produzido na arte contemporânea brasileira é um dos nossos objetivos. Acreditamos que é na interação com as pessoas que se forma e se ativa o significado da arte”.
A mostra apresenta mais de 90 obras de artistas dos séculos XVI ao XVIII como Jocodus Hondius, Justus Danckerts, Guillaume de L’Isle, Joan Blaeu, Giacomo Gastaldi, Henricus Hondius, Arnoldus Montanus - inclusive o mapa mais antigo da coleção, de Giacomo Gastaldi, feito em 1556 -  aos contemporâneos Adolfo Montejo Navas, Angelo Venosa, Anna Bella Geiger, Chang Chi Chai, Carmela Gross, Feco Hamburguer, Fernando Zarif, Guga Szabzon, Humberto Guimarães, Lina Sôlha, Manoel Veiga, Marcelo Brodsky, Marcius Galan, Nelson Leirner, Rafael Assef, Rodrigo Torres, Sylvia Amélia, Vik Muniz, entre outros.
A cartografia dos séculos XVI ao XVIII teve um papel fundamental para o conhecimento e domínio do território, bem como para difundir a imagem do Novo Mundo por toda a Europa. Hoje, além do refinamento atingido pela ciência da cartografia e saberes afins, deve-se considerar o pensamento da arte contemporânea sobre o tema, disseminando múltiplas ideias, visões e interpretações sobre o nosso tempo. 
Agnaldo Farias, o curador da mostra e do Museu Oscar Niemeyer, explica que  “o desejo de produzir mapas e modelos de toda ordem deve-se aos limites da nossa percepção, condenada ao que se alcança com os olhos e ouvidos”.

A mostra fica em cartaz até o dia 6 de agosto de 2017 e os ingressos custam R$ 16,00 e R$ 8,00 (meia-entrada). Maiores de 60 anos e menores de 12 anos têm entrada franca. Mais informações: 3350-4400 ou museuoscarniemeyer.org.br.

Nenhum comentário:

Postar um comentário