sexta-feira, 27 de julho de 2018

Obra de Sérgio Sant’Anna é destaque da edição de julho do jornal Cândido


A edição de julho do jornal Cândido, editado mensalmente pela Biblioteca Pública do Paraná, traz como destaque um especial sobre Sérgio Sant'Anna, escritor que ajudou a ampliar os horizontes do conto brasileiro nos anos 1970. Com uma prosa que mistura ensaísmo, poesia, autoficção e que flerta com o teatro e as artes plásticas, Sant’Anna destila um amplo repertório de temas e formas há mais de 50 anos, e hoje, aos 76 anos, parece estar no auge de sua forma.
No perfil feito pelo jornalista e escritor Álvaro Costa e Silva para o Cândido, Sant’Anna reafirma o desejo de transformar sua escrita a cada novo trabalho (“do contrário perderia a graça”) e fala, entre outros assuntos, sobre sua rotina de escrita, o envelhecimento e a quantidade absurda de livros de ficção publicados no mercado brasileiro. Costa e Silva também ouviu escritores de diversas gerações, que comentam a importância da obra de Sérgio Sant' Anna.
Para completar o especial, o crítico Alcir Pécora, em breve ensaio, ressalta o aspecto múltiplo da prosa do autor carioca, em contraste com outros contistas da mesma geração, e André Sant’Anna, filho de Sérgio, publica um conto em que o pai é um dos personagens.
Além do especial sobre o autor de, entre outros, “Anjo noturno: narrativas” (2017) e “O conto zero e outras histórias” (2016), a edição de julho traz outros conteúdos. Na décima entrevista da série “Os Editores”, Jiro Takahasi resgata alguns momentos vividos ao longo dos 52 anos de atuação no mercado editorial, incluindo projetos bem-sucedidos, como “Nosso tempo” e “Para gostar de ler” e a série “Vagalume”.
A edição 84 do Cândido ainda conta com a transcrição do bate-papo com o gaúcho Luiz Antonio de Assis Brasil - que abriu, em maio, a temporada 2018 do projeto Um Escritor na Biblioteca - e uma reportagem que revela algumas narrativas de ficção que fizeram a cabeça da geração que viveu o agitado ano de 1968. Entre os inéditos, o Cândido publica poemas de Marilena Castro, Lívia Marangoni, Tarso de Melo e Niels Hav, em tradução de Edivaldo Ferreira e Matheus Peleteiro.
O Cândido tem tiragem mensal de 10 mil exemplares e é distribuído gratuitamente na Biblioteca Pública do Paraná e em diversos pontos de cultura de Curitiba. O jornal também circula em todas as bibliotecas públicas e escolas de ensino médio do Estado. É enviado, pelo correio, para assinantes a diversas partes do Brasil. 

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