segunda-feira, 22 de maio de 2017

Diretor da Biblioteca Nacional da Argentina dá palestra na Biblioteca Pública

A Biblioteca Pública do Paraná recebe nesta sexta-feira (26) o diretor da Biblioteca Nacional da Argentina, Alberto Manguel. Com início às 19h30, o evento faz parte das comemorações de 160 anos da BPP, completados em 7 de março. Autor de dezenas de livros, Manguel vai falar sobre sua experiência como leitor, da íntima relação que mantém com as bibliotecas, além de outros assuntos relacionados à sua própria obra ficcional. A entrada é gratuita e haverá tradução simultânea da palestra.
Além de ter escrito vários romances (“Todos os homens são mentirosos” e “Stevenson sob as palmeiras”, entre outros), Manguel também é reconhecido por suas obras de não ficção, como “Uma história da leitura” e “A Biblioteca à noite”, livros que, a partir da vivência do autor, tratam do encantamento do ser humano com a leitura e os livros ao longo dos séculos.
O seu mais recente livro publicado no Brasil é “Uma história natural da curiosidade” (2016), obra que mapeia os textos e autores que o inspiraram ao longo de sua vida de leitor.
Nascido em 1948, Alberto Manguel afirma que tomou “consciência do mundo” por meio dos livros. Filho de embaixador, foi alfabetizado em alemão e inglês, passou a infância em Israel, a adolescência na Argentina e a vida adulta entre Inglaterra, Espanha, Itália, Taiti, Canadá e França.
Em entrevista ao jornal Cândido, editado pela Biblioteca Pública do Paraná, o escritor falou sobre esse primeiro contato com a leitura, experiência que o define ainda hoje. “Minha primeira consciência do mundo se deu por meio da página impressa. Minhas primeiras descobertas foram feitas através dos contos de Grimm, Andersen, Monteiro Lobato, de ‘As mil e uma noites’. Desde aquelas primeiras tardes, os livros nunca me abandonaram”.
Manguel também deve falar sobre sua amizade com Jorge Luis Borges, de quem se tornou leitor - literalmente e em voz alta - quando o autor ficou cego.
A relação com um dos maiores escritores da América Latina inspirou Manguel a construir uma vida em torno da literatura. Inicialmente, como leitor de originais para grandes editoras europeias. Mais tarde, no papel de antologista, editor e autor de numerosas obras.
Em meados do ano passado, deixou sua biblioteca particular no Sul da França para assumir a direção de outra, pública e muito mais vasta, a Biblioteca Nacional Argentina.
Mais informações: 3221-4917.

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