A fase de música popular brasileira da
34ª Oficina de Música de Curitiba começa neste domingo (17), com o show
“Orquestra à Base de Corda convida Pife Muderno”, às 20h30, no Teatro Guaíra. O
espetáculo marca o início de uma intensa programação de cursos, espetáculos,
feiras e debates que serão promovidos durante os próximos 10 dias. Nesta etapa
da Oficina estarão participando aproximadamente 1.200 alunos de todo o Brasil e
países vizinhos, inscritos em 70 cursos de MPB e do núcleo de música e
tecnologia, uma das novidades desta edição.
O espetáculo une no palco do Guairão as
sonoridades da Orquestra À Base de Corda e do Pife Muderno, grupo de sopros
dirigido por Carlos Malta e famoso pelas suas adaptações da música brasileira
ao som das bandas de pífaro. O grupo, que em 2015 completou 20 anos, produz um
repertório que mistura influências do jazz, rock e MPB, com ênfase no timbre
dos pífaros. É formado por Malta (flautas, pifes, sax soprano, arranjos e
direção musical), Andréa Ernest Dias (pifes e flautas) e os percussionistas
Oscar Bolão, Marcos Suzano, Bernardo Aguiar e Durval Pereira. O primeiro CD do
Pife Muderno, gravado em 1999, rendeu-lhe uma indicação ao Grammy Latino. O
grupo já se apresentou em diversos países, levando a originalidade da música
brasileira.
No repertório do show, as adaptações
elaboradas por Carlos Malta para alguns sucessos da MPB se misturam a arranjos
de João Egashira, diretor artístico da Orquestra à Base de Corda. É o caso de
“Ponteio”, de Edu Lobo e Capinan, “Pipoca Moderna”, de Caetano Veloso e
Sebastião Biano, e “Carinhoso”, de Pixinguinha. No repertório estão também
composições do próprio Malta (“Espocando o Frevo” e “Tupyzinho/O trem/ Viva Seu
João do Pife/Lá no Suzano”) e de Egashira (“Nicolas no forró” e “Essa é de
Malta”).
Orquestra à Base de Corda - Criada por
Roberto Gnattali, em 1998, a Orquestra À Base de Corda dedica-se à pesquisa e à
divulgação da música brasileira. A sonoridade peculiar do grupo deve-se a sua
formação instrumental ímpar, com violino (Helena Bel), bandolim (Renan
Bragatto), cavaquinho (Julião Boêmio), viola caipira (Júnior Bier), violão
(João Egashira), violão 7 cordas (Vinícius Chamorro), contrabaixo (Rodrigo
Marques), piano (Fábio Cardoso) e percussão (Luís Henrique Rolim).
O repertório reúne arranjos
especialmente elaborados por músicos da orquestra e por nomes como Paulo
Bellinati, Maurício Carrilho, Leandro Braga, Dante Ozzetti, Jayme Vignoli,
Mario Manga, André Abujamra, Paulo Aragão e Josimar Carneiro. A orquestra
registra apresentações com importantes convidados, entre eles Mônica Salmaso,
Roberto Corrêa, Ceumar, Pedro Amorim, Dominguinhos, Joel Nascimento, Andréa
Ernest Dias, Caíto Marcondes, Maurício Carrilho, Zé Renato, Ná Ozzetti, Renato
Borghetti, André Abujamra e Dimos Goudaroulis.
O violonista, bandolinista, arranjador
e compositor João Egashira responde pela direção artística do grupo desde 2001,
somando seu aprimoramento artístico pessoal ao sucesso da Orquestra À Base de
Corda. Um dos criadores do Clube do Choro de Curitiba, Egashira dirigiu em 2004
o I Festival Nacional Curitiba no Choro, com a participação de compositores do
Brasil, Argentina, Canadá, Estados Unidos e Holanda. Em 2009 participou como
músico e arranjador do projeto “Circular BR”, ao lado de Roberto Corrêa, Jaques
Morelenbaum e Gabriel Levy. Este ano assumiu a direção artística da fase de MPB
da 34ª Oficina de Música de Curitiba.
Mais informações: www.oficinademusica.org.br.
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