Já
está funcionando junto ao Ateliê Livre de Escultura do Parque São Lourenço o
segundo forno a lenha para queima de esculturas e objetos de cerâmica. A
inauguração aconteceu, nesta quinta-feira (27), durante o evento que reuniu no
local ceramistas, estudantes de arte e representantes da Fundação Cultural de
Curitiba, da Universidade de Montana (Estados Unidos) e da 14ª Bienal de Arte
Contemporânea de Curitiba.
O
equipamento é um legado da Bienal, que termina no domingo (1º). Pela segunda
vez consecutiva, o circuito de exposições resolveu investir na estrutura para a
promoção da cerâmica artesanal. A primeira foi em 2017. Em parceria com a
universidade norte-americana, foram adquiridos os insumos necessários e usado o
know-how para a construção do segundo forno.
Os
ceramistas interessados precisam apenas trazer suas criações e se reunir para
adquirir a lenha necessária à queima, além de se revezar na tarefa de manter a
chama até que o forno atinja 1.700º C. Essa é a temperatura necessária para que
o material ganhe em resistência e no realce das cores e demais efeitos planejados
pelos artistas.
ARTISTAS EMPOLGADOS - Ocléris Muzzillo, Márcio Medeiros e
Eliana Heemann estão entre os cerca de 20 ceramistas com trabalhos em processo
de queima no novo equipamento. “Todo
mundo aqui não vê a hora que chegue domingo, pra conferir o resultado”,
disse Ocléris, resumindo o sentimento coletivo.
As
peças estão “queimando” desde quarta-feira (26) e permanecerão dentro do forno
por mais 30 horas, aproximadamente, depois que ele atingir a temperatura
máxima.
Para
Eliana, a antiga tecnologia tem outras vantagens além da qualidade superior com
relação às peças produzidas em fornos elétrico e à gás. “Atrai pela beleza do processo, que valoriza cada peça que criamos, e
aglutina pessoas, facilita trocas de experiências”, argumentou.
Márcio
destacou o privilégio de poder contar com o equipamento. “Não tem quem tenha esse tipo de queima por perto e que produz esse
resultado, possível só com a chama em contato direto com nossos trabalhos”,
disse.
Participaram
do evento o decano da Faculdade de Artes e Arquitetura da Montana State
University e curador da 14ª Bienal, Royce Smith, e o diretor-geral do evento,
Luiz Ernesto Meyer Pereira; o diretor administrativo e financeiro da Fundação
Cultural, Cristiano Morrissy; o coordenador do Atelier LIvre de Escultura do
Parque São Lourenço, artista plástico Elvo Benito Damo; o também artista
plástico e professor Joshua Dweese, da Montana University, acompanhado de
técnicos e estudantes da instituição; e o diretor do Museu Alfredo Andersen,
Luiz Gustavo Vidal Pinto.
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