sexta-feira, 28 de fevereiro de 2020

Palestra “Animalis Imaginibvs” aborda a arte das gravuras experimentais

No dia 3 de março (terça-feira), às 19h, o Museu Paranaense (MUPA) recebe o curador Adolfo Montejo Navas para uma palestra sobre a mostra “Animalis Imaginibvs”, uma das exposições da Bienal Internacional de Curitiba no museu. O artista Mauro Espíndola estará presente no evento. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pelo site www.museuparanaense.pr.gov.br.
“Animalis Imaginibvs” apresenta estudos sobre a animália em relação a aspectos da natureza humana, questões que fazem parte do repertório de Espíndola e encarna um heterônimo do artista, Emanoel Leichter, necroinventariante do bestiário do antigo moinho que habita. A exposição produzida para a Bienal de Curitiba e instalada no MUPA apresenta uma série de gravuras experimentais. São biogravuras – monotipias geradas com material orgânico microescamoso das asas de borboletas e mariposas encontradas mortas no moinho – dispostas em vitrines e dois livros.
O trabalho de Mauro Espíndola no MUPA nunca foi uma obra corriqueira, expositivamente normal. É uma instalação sui generis com vocação de disfarçar sua recente chegada ao museu, como se já estivesse lá há tempo, pelo teor de seu conteúdo, de aparente taxonomia animal, sua biologia artística. A ficção que só a arte consegue construir explorou o limite de verosimilhança e verdade, ciência e fábula visual. A palestra versa sobre este território imantado”, comenta o curador.

PALESTRANTES – Adolfo Montejo Navas nasceu em Madri, Espanha, em 1954, mas mora no Brasil há 26 anos. É poeta, artista visual, crítico e curador independente. Colaborador de diversas publicações culturais da Espanha, Brasil e América Latina. É pesquisador de arte contemporânea internacional e brasileira e autor de livros de Anna Bella Geiger, Victor Arruda, Regina Silveira, Iberê Camargo, Paulo Bruscky e outros artistas. Realizou inúmeras curadorias monográficas no Brasil e Espanha. Recentemente publicou Fotografia e poesia (afinidades eletivas), UBU, 2017 e Poemas casuais, outros, Medusa, 2018. Entende todo seu trabalho crítico, curatorial, literário e de projetos culturais como fronteiriço e transversal. Algumas frentes de pesquisa são a teoria da imagem e a fotografia, a poesia visual, as relações e afinidades palavra/imagem. Curador da Bienal Internacional de Arte Contemporânea de Curitiba 2019.
Mauro Espíndola nasceu no Rio de Janeiro, em 1962, e vive desde 2014 no Moinho da Picada 48, habitação rural construída por imigrantes alemães no século XIX, Rio Grande do Sul, onde se forma um museu imaginário, lugar de heteronímias e catalogações pseudocientíficas. Artista visual, tem em seu repertório projetos como Victal & Sons (2002/06), The Mirror Method (2007/09) e Stepchildrenland (2011/13). Um dos fundadores da galeria Durex Arte Contemporânea (2003/11), atua na plataforma audiovisual BASE-film e é coeditor de Moinho Edições Limitadas.

O Museu Paranaense está situado na Rua Kellers, 289, São Francisco, e pode ser visitado de terça a sexta-feira, das 9h às 17h30; sábado, domingo e feriado, das 10h às 16h. Mais informações: 3304-3300 ou www.museuparanaense.pr.gov.br

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