quinta-feira, 7 de junho de 2018

Espetáculo teatral “Cantando Vírgulas” discute a solidão humana no Cleon Jacques


Nesta quinta-feira, dia 7, a Inominável Companhia de Teatro apresenta pela primeira vez o espetáculo “Cantando Vírgulas”, no Cleon Jacques (Parque São Lourenço). A peça aborda perspectivas poéticas e a condição humana num contexto de isolamento e de ausência de amor e empatia, observando a solidão como peste contemporânea.
Nesta primeira temporada, as sessões ocorrem no Teatro Cleon Jacques até dia 1º de julho, sempre de quinta a sábado às 20h, com apresentações também às 9h nas sextas-feiras, além de bate-papos com o elenco aos domingos após o espetáculo. A entrada é gratuita.
Com texto de Ali Freyer e direção de Lilyan de Souza, a peça pode ser entendida como um convite para deixarmos de ser sozinhos. A partir das tragédias gregas e das relações e conflitos entre seus personagens, dos conceitos de amor em “O Banquete", de Platão e de Albert Camus (“A Peste”) como referência, o grupo dá prosseguimento à pesquisa estética da Inominável, baseando-se nas poéticas do ator e da dramaturgia contemporânea.
Na encenação, uma orquestra. Todos afinam seus instrumentos. Quando se entra na sala, parece apenas um caos sem propósito. Depois tudo se acalma, e cada personagem, em seu tempo, expressa sonoramente frases melódicas e finalmente percebemos a tessitura composta pela união de todos.
Falamos através do silêncio, do não dito. Cantamos Vírgulas. E é justamente neste momento, numa vírgula do tempo, no recorte tão sutil do instante é que tudo acontece. Tomamos a decisão. Decidimos deixar a segurança da solidão. Decidimos recomeçar, juntos”, diz Lilyan.

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