quinta-feira, 20 de setembro de 2018

Museu da Gravura abre duas exposições nesta quinta-feira


O Museu da Gravura Cidade de Curitiba abre nesta quinta-feira (20), às 19h, duas exposições que retratam o cotidiano de ambientes distintos. Em “Rio Uatumã, Paisagem Sonora”, a artista Isabelle Mesquita traz o resultado da experiência que investigou o apagamento do ofício da construção artesanal de barcos, no pequeno município de São Sebastião do Uatumã, no Amazonas. Já a artista Michelle Fiorucci mostra em “Gravura no Muro”, obras em xilogravura que remetem ao cotidiano urbano.
Isabelle Mesquita reflete, em fotografias, desenhos, gravuras, imagens de arquivos públicos e privados, objetos e videoartes, sobre o deslocamento entre o passado e o presente, com o impacto causado aos ribeirinhos que percorrem o Rio Uatamã. A exposição exibe um recorte da pesquisa artística feita por ela, fruto de um intercâmbio entre duas universidades públicas, uma do Sul e outra do Norte do Brasil, apresentando os resultados dos trabalhos realizados a partir de 2015.
Na Amazônia, carros são barcos e estradas são rios. O barco regional de madeira movido a motor de popa é a embarcação típica dos ribeirinhos, onde o Rio Uatumã é pano de fundo na construção dessa narrativa de memórias”, explica a artista manauara, que mora em Curitiba desde 1999.
Cineasta e artista visual, Isabelle Mesquita trabalha com etnografias, primitivismo e memória. Desde 2012 é aluna do atelier de gravura do Museu da Gravura, no Solar do Barão, que frequenta regularmente. Fez residência artística no Amazonas, com o projeto “Rio Uatumã: Paisagem Sonora”, entre 2015/2016

Gravura no Muro - Na mostra “Gravura no Muro - Memórias Gráficas do Cotidiano Urbano”, Michelle Fiorucci apresenta xilogravuras em duas perspectivas: o privado e o público, ora emolduradas e numeradas, ora com padronagens em grandes lambe-lambes. Na exposição a artista exibe trabalhos que levam o espectador a buscar nas lembranças as referências das artes e memórias gráficas que as cidades proporcionam, nas gravuras em papel, em azulejo, impressões de antigos muros pré-moldados e as grandes impressões em tecido.
Michelle Fiorucci também preparou a mostra paralela “Matrizes na Matriz”, que fica em cartaz de 22 de setembro a 26 de outubro na Rua da Cidadania da Matriz, na Praça Rui Barbosa, com exibição das matrizes xilográficas que fizeram parte do processo das obras apresentadas na exposição “Gravura no Muro”.
Artista curitibana, Michelle Fiorucci trabalhou 18 anos com arte digital até abandonar o computador, em 2015, para se dedicar exclusivamente à xilogravura. Produz suas obras em seu atelier particular, na cidade de Palmeira (PR) e também no atelier de xilogravura do Solar do Barão. Trabalhou em intervenções urbanas de lambe-lambe no EAV Parque Lage e Muro do Sergio Porto, no Rio de Janeiro, e em Curitiba e Palmeira.

As exposições ficarão abertas à visitação até o dia 11 de novembro de 2018, de 3ª a 6ª (9h às 12h e 13h às 18h); sábados, domingos e feriados (12h às 18h). A entrada é franca.

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