domingo, 16 de maio de 2010

No cinema: “Os Homens que Não Amavam as Mulheres" é instigante

Editorialmente falando, a Trilogia Milênio, do sueco Stieg Larsson (1954-2004) representa para os adultos o que as séries "Crepúsculo" e "Harry Potter" estão para o público infanto-juvenil, ou seja, um fenômeno de vendas - embora nem tanto quanto os livros para os jovens. Era inevitável que mais cedo ou mais tarde, os romances de suspense chegariam às telas - em dose dupla. Na Suécia, os três livros já foram adaptados para o cinema e renderam uma série de televisão.

Dirigido pelo dinamarquês Niels Arden Oplev, "Os Homens que Não Amavam as Mulheres" é suspense com uma carga dramática calculada, e reviravoltas plausíveis e instigantes. Mas o que há de melhor no filme - melhor até do que o filme em si - é a sua heroína, uma hacker tatuada e coberta de piercings que, dados os seus conhecimentos de informática, poderia ter feito um download do próprio longa antes mesmo que esse chegasse aos cinemas.
Ela é Lisbeth Salander (Noomi Rapace), órfã de passado nebuloso, mais ou menos explicado em flashbacks, que trabalha incógnita numa empresa de investigação. Quando perguntam o que ela faz, responde: 'tiro cópias e faço café'. Que acreditem os ingênuos.

“Os Homens Que Não Amavam as Mulheres” é a primeira obra da série Millenium. Escrita pelo jornalista investigativo sueco Stieg Larsson, a trilogia se tornou um dos maiores sucessos do mercado editorial do mundo, vendendo mais de 10 milhões de exemplares. Conhecido por suas reportagens de combate às grandes organizações de extrema direita de seu país, e fundador da revista Expo, de denúncia a grupos racistas, Larsson não chegou a presenciar seu sucesso. Após entregar os originais dos três livros, o escritor faleceu em um ataque cardíaco aos 50 anos, em 2004.

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