quarta-feira, 23 de maio de 2018

Dia da Libertação da África será celebrado com música, cultura e gastronomia

O próximo fim de semana será marcado por intensa atividade cultural em homenagem ao Dia da Libertação da África, celebrado em 25 de maio. A comemoração em Curitiba será no sábado (26) e no domingo (27), das 9h às 18h30, no Memorial de Curitiba, com uma feira de música, cultura, gastronomia, artesanato, além de palestras.
Para conhecer mais sobre a contribuição negra na fundação de Curitiba e das cidades centenárias do Paraná, o Memorial terá um estande de livros, com destaque para a obra poética “Oralidades Afroparanaenses: Fragmentos da Presença Negra na História do Paraná”. Escrito por Adegmar da Silva Candiero, assessor de Direitos Humanos e Igualdade Racial de Curitiba, e Melissa S. Reinehr, o livro custa R$ 35,00 e apresenta histórias de comunidades remanescentes de quilombos e comunidades tradicionais negras paranaenses.
Já os estandes brasileiros e africanos, da Nigéria e do Senegal, trarão produtos naturais e artesanais, moda, acessórios, esculturas e delícias culinárias. Os valores das peças variam de R$ 20,00 a R$ 350,00.
Ao longo da programação serão feitas apresentações poéticas e musicais, com destaque para as palestras no sábado e o desfile de moda África no domingo. A atividade é organizada pela Comunidade Nigeriana no Estado do Paraná (Conipa).

A data - O Dia da Libertação da África resgata a importância do continente, celebra sua beleza, riqueza e as contribuições negras na fundação e desenvolvimento de Curitiba e de todas as cidades centenárias do Paraná.
A data marca a luta do povo africano por independência e libertação colonial e a fundação da Organização da Unidade Africana, em 1963, em Addis Abeba, na Etiópia. Participaram daquele momento histórico 32 estados africanos.
Apesar da conquista da independência formal, muitos países africanos não romperam totalmente as relações com as ex-metrópoles e dessa continuidade surgiu o neocolonialismo, um modelo de dominação estrangeira na política e na economia das nações africanas.
Para nós, afrocuritibanos e africanos da capital do Paraná, os desafios vão desde o reconhecimento da existência da nossa população afrodescendente, negada historicamente, desmistificando a falsa ideia de que em Curitiba não existe população negra”, diz Candiero.
Alguns exemplos de contribuição positiva da presença negra no desenvolvimento da capital foram, entre outros, os mestres construtores especialistas em taipa, responsáveis pelas mais antigas edificações da cidade; os africanos detentores das técnicas milenares de prospecção, extração e fundição do ouro, do bronze e do ferro; e a participação dos brilhantes engenheiros negros irmãos Rebouças na qualificação do mate para exportação.

Nenhum comentário:

Postar um comentário