sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Versão brasileira de um clássico de Moliére

Ele tem pavor de levar chifre e acredita que todas as mulheres inteligentes e belas traem seus maridos. Para se livrar do problema, adota uma menina e a cria na mais completa ignorância para que um dia ela seja sua esposa. O plano não dá certo: A menina se apaixona pelo filho do melhor amigo dele.
O assunto é atual, mas a história foi escrita por Moliére em 1662. A peça “Escola de Mulheres” foi traduzida por Millôr Fernandes e montada no Brasil com elenco formado, dentre outros, por Oscar Magrini, Erik Marmo e a curitibana Thais Pacholek.
“Escola de Mulheres” já passou pelo interior e capital de São Paulo, Rio de Janeiro, e chega a Curitiba neste final de semana. As apresentações acontecem no sábado (21h) e domingo (19h) no Teatro Fernanda Montengro (Shopping Novo Batel).
O personagem principal é Arnolfo, interpretado com trejeitos hilários por Magrini. "São 47 páginas de texto e cada um tem uma concepção da idéia central. Senti a necessidade de fazer essas coisas diferentes ao longo de cada apresentação", revela. Arnolfo tem tiques nervosos, não pára quieto e tem um comportamento tão engraçado que, mesmo sem falar, desperta o riso da platéia.
Quem interpreta Inês, a menina adotada, é Thaís. De acordo com ela, apesar da ironia ser presente nos textos de Moliére e de Millôr, o humor da peça é descarado.
Millôr ajudou a trazer para atualidade e para o "jeitinho brasileiro" os termos e causos do francês, facilitando o entendimento do público. "É maravilhoso. Nós que estamos todo dia ali apresentando, ensaiando, toda hora damos risada. Imagina como é para quem vê a peça pela primeira vez?", brinca.

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