quinta-feira, 21 de abril de 2011

No cinema: "A Minha Versão do Amor"

O ator Paul Giamatti impregna seu personagem, Barney Panofsky, de tanta verdade que se tem permanentemente a impressão de estar assistindo a uma cinebiografia calcada em fatos reais em "A Minha Versão do Amor".
Barney não é uma figura simples de entender, nem fácil de gostar. Produtor de TV tresloucado, boêmio e um tanto chegado à bebida e às mulheres, ele leva sua vida como um turbilhão permanente. Jovem, casou-se em Roma com Clara (Rachelle Lefevre), vivendo a batida dos loucos anos 1960, com muito sexo, drogas e rock'n roll.
Nada disso dura, e eis Barney caminhando para um segundo casamento, com uma mulher judia como ele, convenientemente educada e rica (Minnie Driver).
O choque cultural não é tanto entre o noivo e os sogros esnobes (Harvey Atkin e Linda Sorenson), mas entre estes e o pai de Barney - o policial Izzy (Dustin Hoffman), um sujeito simplório, cafona e sem noção, capaz de contar-lhes piadas sujas em plena festa de casamento.
Justamente a festa vai ser a perdição de Barney, que se apaixona ali mesmo, irresistivelmente, por uma convidada, a radialista Miriam (Rosamund Pike) - que vai ser a mulher de sua vida. Naquele momento, ainda nenhum dos dois sabe disso, mas as encrencas que se seguem temperam o romance de adoráveis incidentes e alguns desacertos.
A estrada de Barney fica bem mais tortuosa quando ele se torna suspeito do assassinato de seu melhor amigo, o farrista Boogie (Scott Speedman). Boogie sumiu justamente depois de uma longa noite de bebedeira na casa de fim de semana de Barney, diante de um grande e fundo lago.

Nenhum comentário:

Postar um comentário