quinta-feira, 21 de abril de 2011

Santo Agostinho ganha vida em “Inquieto Coração”

Até domingo, o Teatro da Caixa apresenta o monólogo “Inquieto Coração”, com dramaturgia e atuação de Eduardo Rieche e direção de Henrique Tavares. O espetáculo é um mergulho nas reflexões de Santo Agostinho, escritor, bispo e teólogo do século IV, sobre os prazeres, necessidades e angústias do ser humano.

O texto de “Inquieto Coração” foi elaborado por Eduardo Rieche a partir da adaptação de quatro das principais obras de Santo Agostinho: "Confissões", "A Cidade de Deus", "A Trindade" e “Solilóquios”. As obras foram produzidas depois da sua ordenação a bispo de Hipona, cargo que exerceu por quase 40 anos. Seu trabalho parte do concreto para o metafísico em um momento em que a filosofia não acredita no alcance da verdade.

Santo Agostinho viveu na época do Império Romano e foi batizado apenas aos 33 anos, quando se tornou um famoso pregador e se dedicou às funções eclesiásticas. Agostinho, no entanto, vai além da figura religiosa, pois sua obra foi determinante para o pensamento ocidental. Foi um escritor intenso, apaixonado e prolífico: deixou mais de mil publicações, entre livros, sermões, escritos filosóficos e doutrinais, com temas polêmicos como a religiosidade, Deus, a busca pela verdade, o amor e a condição humana.

A ambição de “Inquieto Coração” é, portanto, fomentar a reflexão sobre a vida, por meio do encontro dos escritos de Agostinho, este primeiro homem “moderno”, com o homem atual. “Santo Agostinho está mais próximo de nós do que imaginamos: no nosso modo de pensar a relação entre razão e fé, ação e contemplação, amor e sexo”, afirma Henrique Tavares. A proximidade ator-público, neste caso, é quase uma metáfora da relação que a plateia poderá estabelecer com a grandeza da filosofia agostiniana.

Nenhum comentário:

Postar um comentário