quinta-feira, 4 de abril de 2019

Clássico de Fiódor Dostoiévski é destaque do jornal Cândido


A edição de abril do jornal Cândido, editado mensalmente pela Biblioteca Pública do Paraná, recupera parte da trajetória do escritor russo Fiódor Dostoiévski (1821-1881), autor do clássico “Crime e Castigo” (1866).
O romance foi publicado há mais de 150 anos e ainda tem muito a dizer sobre a forma como se encara a justiça, a urbanização e as estruturas hierárquicas, diz o jornalista André Cáceres, que assina uma reportagem sobre o livro. Cáceres ouviu especialistas que explicam o período histórico em que a obra foi escrita, o trágico pano de fundo que deu corpo ao romance e a razão de ele se manter tão atual.
O Cândido 93 também traz o primeiro capítulo da nova tradução - assinada por Rubens Figueiredo - de “Crime e Castigo”, da editora Todavia, que chega às livrarias em abril e confere nova roupagem à história do perturbado Raskólnikov, um estudante de Direito que tenta conviver com a própria consciência após cometer dois assassinatos.
O livro, como é praxe na literatura russa, nos faz olhar para nós mesmos de uma perspectiva de largo alcance histórico”, diz Figueiredo, em entrevista ao Cândido. Durante o bate-papo, ele fala sobre os desafios de verter a obra para o português e de como questões políticas e religiosas influenciaram Dostoiévski na escrita do romance.

OUTROS TEMAS - Na coluna Pensata, a escritora e professora de Teoria da Literatura e Literatura Comparada da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Maria Esther Maciel, escreve sobre o realismo na literatura brasileira contemporânea.
Os três principais romances do autor norte-americano John Williams (1922-1994) - “Stoner”, “Butcher’s Crossing” e “Augustus” - são tema de um ensaio assinado pelo escritor André de Leones. As obras, que têm em comum o fato de tratarem da “fragmentação do indivíduo frente à realidade”, segundo o ensaísta, trazem personagens que “cada qual a seu modo e conforme suas possibilidades passam em revista o caminho percorrido, cientes de si e do que trilharam”.
O Cândido de abril ainda traz uma HQ inédita de Eloar Guazzelli, poemas de Alberto Lins Caldas e Amanda Vaz, além de um conto de Carlos Eduardo Pereira. A arte da capa é de André Ducci.
O Cândido é mensal e distribuído gratuitamente na Biblioteca Pública do Paraná e em diversos pontos de cultura de Curitiba. O jornal também circula em todas as bibliotecas públicas e escolas de ensino médio do Estado. É enviado, pelo correio, para assinantes a diversas partes do Brasil.

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