quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Artistas que resistiram à demolição do Teatro 13 de Maio são homenageados

O Centro Cultural Teatro Guaíra presta homenagem à classe artística curitibana com o descerramento de placa comemorativa aos 30 anos do então Teatro 13 de Maio, atualmente nominado Teatro Zé Maria. A cerimônia será nesta sexta-feira (16), às 17 horas, no saguão do teatro, localizado na Rua 13 de Maio, no Centro de Curitiba.
É o reconhecimento do Centro Cultural Teatro Guaíra ao Grupo 13 de Maio, à população, à imprensa de Curitiba e ao jurista Renê Ariel Dotti por esta importante conquista para a arte da cidade”, disse a diretora-presidente do CCTG, Monica Rischbieter.
O Grupo 13 de Maio é composto pela Tamanduá Produções Artísticas (Beto Bruel e Regina Bastos), NBP Produções (Nautílio Portela e Claudete Pereira Jorge in memoriam), M&S Produções (Mário Schoemberger in memoriam) e Divinos Comediantes (Francisco Moura).

HISTÓRICO - A história do prédio onde está o Teatro Zé Maria começa no fim do século 19, quando ali foi instalada a fábrica de malhas e confecções da família Hoffman. Antes de se tornar o atual auditório, o local foi também a Malharia Curitibana e a Fábrica do Samba.
Nos anos 1980, o edifício chamou a atenção do ator José Maria Santos. Junto com outro ator, Irineu Adami - e com recursos da Associação dos Produtores de Espetáculos Teatrais do Paraná, do Serviço Nacional de Teatro, da Secretaria de Estado de Cultura e da Fundação Cultural de Curitiba - foi construído no local o Teatro da Classe.
De 1983 a 1986, o teatro passou por altos e baixos devido à falta de público e de recursos, ao aumento do aluguel do prédio e até mesmo à ausência temporária de José Maria Santos do teatro curitibano.
Foi neste período, o mais difícil do teatro, que os proprietários do imóvel decidiram vendê-lo e os compradores despejaram os ocupantes do prédio. Nesta época, o auditório já era chamado de Teatro 13 de Maio.
Depois da venda, foi iniciada, sem aviso prévio, a demolição das paredes externas da construção. A destruição completa foi impedida devido à intervenção da classe artística e de políticos do Estado. O prédio foi então tombado pelo Governo do Estado e na sequência elaborado o projeto de revitalização do espaço.
Apesar de as obras terem sido começadas, foi após o falecimento do ator José Maria Santos, em 1990, que houve mobilização para transformar o local. Oito anos mais tarde, em 27 de junho de 1998, o Teatro José Maria Santos foi inaugurado sob administração do Centro Cultural Teatro Guaíra, e passou a fazer parte do cenário cultural paranaense. Em 2016 passou a ser chamado de Teatro Zé Maria.

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