segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Cinema e Filosofia na Cinemateca

O Ciclo de Cinema e Filosofia, que acontece na Cinemateca de Curitiba, dias 23, 24 e 25 de outubro, é uma parceira com a Associação Nacional dos Docentes de Filosofia (ANPOF). Com entrada gratuita, está inserido na proposta de “desacademizar” a Filosofia. O evento faz parte do XV Encontro Nacional da ANPOF, que está na sua primeira edição curitibana.
Cenas do filme “Metrópolis”, de Fritz Lang, um clássico da ficção científica, serviram de base para o professor italiano radicado no Brasil, Massimo Canevacci, preparar o discurso que abre o ciclo às 20h.  Doutor pela Università degli Studi di Roma La Sapienza (1973), o professor tem estudos sobre antropologia, filosofia e cinema. Suas reflexões são atuais e envolvem estudos sobre a cidade de São Paulo e as novas mídias.  Canevacci é autor de “Culturas Extremas: Mutações Juvenis nos Corpos das Metrópoles” e “Antropologia do Cinema”.
O filme “O Eclipse”, de Michelangelo Antonioni, na quarta-feira (24), às 19h, será comentado por Marcio Sattin, professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Escola da Cidade, em São Paulo, um profundo interessado nas relações entre cinema e filosofia. Sattin é ligado a estudos envolvendo Kant, Wittgenstein e a fenomenologia. O ciclo termina com a exibição de “Dias de Nietzsche em Turim”, com a presença do diretor do filme Júlio Bressane, representante do cinema marginal, e da roteirista Rosa Dias, sua esposa, doutora em Filosofia pela UFRJ (1993), atualmente professora de Filosofia pela UERJ.

Minicurso sobre Godard - Também acontece nos dias 24 e 25 de outubro, das 10h às 12h, um minicurso de Filosofia e Cinema que parte da obra do cineasta Jean-Luc Godard, particularmente do filme “Nouvelle Vague”. O minicurso será ministrado pelo professor da Universidade Federal Fluminense e doutor em Filosofia Jorge Vasconcellos, que trabalha com filosofia francesa contemporânea e ministra disciplinas envolvendo a sétima arte, além de ter escritos sobre filosofia do cinema. Vasconcellos é autor de “Deleuze e o Cinema: Filosofia e Teoria do Cinema”.  Embora o alvo principal sejam os professores de filosofia do ensino médio e seus alunos, o ciclo está aberto para outros públicos.  A capacidade é para cem pessoas.
Serão analisadas cenas de filmes de Godard que deixam claro dois movimentos. O primeiro: a recusa de Godard, em suas práticas artísticas cinematográficas, em pensar o cinema como linguagem. O segundo: como a obra de Godard o coloca na posição de cineasta que teria provocado a passagem do cinema moderno para a contemporaneidade cinematográfica. A intenção, dizem os organizadores, é mostrar que Jean-Luc Godard foi o primeiro cineasta contemporâneo a questionar as fronteiras entre o cinema, video, pintura/artes visuais e performance.

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