O Conselho de Arquitetura e Urbanismo
do Paraná (CAU/PR) promove nesta semana, como parte da programação da II Semana
de Arquitetura e Urbanismo, a “Mostra Arquitetura, Cinema e Cidade”. Ao todo,
serão oito filmes exibidos. As sessões são gratuitas e acontecem às 16h, na
Cinemateca de Curitiba. Será exibido um filme por dia, entre os dias 9 e 11, e
quatro curtas-metragens no dia 12.
Os filmes abordam a temática da
arquitetura em obras como “A cidade é uma só”, de Adirley Queirós,
longa-metragem que é uma reflexão sobre os 50 anos de Brasília; “Beco”, de
Bruno Jorge, uma crônica de nove famílias que vivem numa comunidade palafitas
em um afluente do Rio Negro; e “Elevado 3.5”, de João Sodré, Maíra Bühler e
Paulo Pastorelo, sobre o mundo de pessoas que se cruzam ao longo dos quase
quatro quilômetros do Minhocão.
Programação:
Dia 9/12 – 16h
A CIDADE É UMA SÓ, de Adirley Queirós
(2011, 80 min)
Reflexão sobre os 50 anos de Brasília,
tendo como foco a discussão sobre o processo permanente de exclusão territorial
e social que uma parcela considerável da população do Distrito Federal e do
entorno sofre, e de como essas pessoas restabelecem a ordem social através do
cotidiano. O ponto de partida dessa reflexão é a chamada Campanha de
Erradicação de Invasões (CEI) que, em 1971, removeu os barracos que ocupavam os
arredores da então jovem Brasília. Tendo a CEILÂNDIA como referência histórica,
os personagens do filme vivem e presenciam as mudanças da cidade.
Dia 10/12 – 16h
BECO, de Bruno Jorge (2012, 73 min)
Crônica das vidas de nove famílias que
vivem numa comunidade sobre palafitas em um afluente do Rio Negro, agora
transformado em um depósito de lixo urbano e esgoto a céu aberto, onde um dia
já esteve a terceira maior estação de bombeamento de água do Brasil. O governo
do estado decidiu que todas essas famílias serão removidas antes do início da
Copa do Mundo, já que Manaus é uma das cidades-sede. O filme explora questões
sensíveis como a família, a religião e a miséria em ambiente hostil, pintando
um retrato da vida em comunidade.
Dia 11/12 – 16h
ELEVADO 3.5, de João Sodré, Maíra
Bühler e Paulo Pastorelo (2007, 72 min) É um filme sobre o mundo de pessoas que
se cruzam ao longo dos quase quatro quilômetros do Minhocão, via expressa
construída na região central de São Paulo durante a ditadura militar.
Dia 12/12 – 16h
PRAÇA WALT DISNEY, de Renata Pinheiro e
Sergio Oliveira (2011, 22 min)
Reflexão sobre uma praça, um bairro,
uma cidade, um país. Uma “quase música” sobre uma cultura de ocupação urbana
que reflete à sociedade brasileira e mundial. O documentário envereda por uma
visão subjetiva, não disciplinada, da realidade de um bairro. De um mundo.
Privilegia a acuidade sensorial que o audiovisual propicia para a
percepção/construção de uma realidade que se passa a nossa frente, mas que
muitas vezes não é percebida.
DIQUE, de Adalberto Oliveira (2012, 19
min)
Onde antes era um cenário paradisíaco,
surge uma nova paisagem sonora proporcionada pela urbanização desordenada e
caótica de uma cidade dormitório.
CARCAÇA, de Camila Carneiro, Diego
Baffi, Jéssica Oliveira e Laura Formighieri (2014, 10 min)
Carcaça é uma dança com uma estrutura
em decomposição. Uma incursão de dois corpos dispostos a (re)habitar através do
movimento um dentre milhares de edifícios abandonados nas cidades. Uma dança
que investiga as memórias impressas na arquitetura e, tal qual palimpsesto,
impregna-se das camadas de ausência que revela.
TEM GRINGO NO MORRO, de Bruno Graziano
e Marjorie Niele (2013, 27 min)
Um retrato do turismo estrangeiro na
Rocinha, considerada a maior favela da América Latina e que recebe mais de 3000
gringos todos os meses. Eles vêm interessados pelos mais diversos aspectos; da
pobreza à violência, da curiosidade ao assistencialismo, da paisagem ao calor
humano, da geografia à arquitetura.
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