terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Cinemateca de Curitiba exibe filmes sobre arquitetura

O Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Paraná (CAU/PR) promove nesta semana, como parte da programação da II Semana de Arquitetura e Urbanismo, a “Mostra Arquitetura, Cinema e Cidade”. Ao todo, serão oito filmes exibidos. As sessões são gratuitas e acontecem às 16h, na Cinemateca de Curitiba. Será exibido um filme por dia, entre os dias 9 e 11, e quatro curtas-metragens no dia 12.
Os filmes abordam a temática da arquitetura em obras como “A cidade é uma só”, de Adirley Queirós, longa-metragem que é uma reflexão sobre os 50 anos de Brasília; “Beco”, de Bruno Jorge, uma crônica de nove famílias que vivem numa comunidade palafitas em um afluente do Rio Negro; e “Elevado 3.5”, de João Sodré, Maíra Bühler e Paulo Pastorelo, sobre o mundo de pessoas que se cruzam ao longo dos quase quatro quilômetros do Minhocão.

Programação:

Dia 9/12 – 16h
A CIDADE É UMA SÓ, de Adirley Queirós (2011, 80 min)
Reflexão sobre os 50 anos de Brasília, tendo como foco a discussão sobre o processo permanente de exclusão territorial e social que uma parcela considerável da população do Distrito Federal e do entorno sofre, e de como essas pessoas restabelecem a ordem social através do cotidiano. O ponto de partida dessa reflexão é a chamada Campanha de Erradicação de Invasões (CEI) que, em 1971, removeu os barracos que ocupavam os arredores da então jovem Brasília. Tendo a CEILÂNDIA como referência histórica, os personagens do filme vivem e presenciam as mudanças da cidade.

Dia 10/12 – 16h
BECO, de Bruno Jorge (2012, 73 min)
Crônica das vidas de nove famílias que vivem numa comunidade sobre palafitas em um afluente do Rio Negro, agora transformado em um depósito de lixo urbano e esgoto a céu aberto, onde um dia já esteve a terceira maior estação de bombeamento de água do Brasil. O governo do estado decidiu que todas essas famílias serão removidas antes do início da Copa do Mundo, já que Manaus é uma das cidades-sede. O filme explora questões sensíveis como a família, a religião e a miséria em ambiente hostil, pintando um retrato da vida em comunidade.

Dia 11/12 – 16h
ELEVADO 3.5, de João Sodré, Maíra Bühler e Paulo Pastorelo (2007, 72 min) É um filme sobre o mundo de pessoas que se cruzam ao longo dos quase quatro quilômetros do Minhocão, via expressa construída na região central de São Paulo durante a ditadura militar.

Dia 12/12 – 16h
PRAÇA WALT DISNEY, de Renata Pinheiro e Sergio Oliveira (2011, 22 min)
Reflexão sobre uma praça, um bairro, uma cidade, um país. Uma “quase música” sobre uma cultura de ocupação urbana que reflete à sociedade brasileira e mundial. O documentário envereda por uma visão subjetiva, não disciplinada, da realidade de um bairro. De um mundo. Privilegia a acuidade sensorial que o audiovisual propicia para a percepção/construção de uma realidade que se passa a nossa frente, mas que muitas vezes não é percebida.

DIQUE, de Adalberto Oliveira (2012, 19 min)
Onde antes era um cenário paradisíaco, surge uma nova paisagem sonora proporcionada pela urbanização desordenada e caótica de uma cidade dormitório.

CARCAÇA, de Camila Carneiro, Diego Baffi, Jéssica Oliveira e Laura Formighieri (2014, 10 min)
Carcaça é uma dança com uma estrutura em decomposição. Uma incursão de dois corpos dispostos a (re)habitar através do movimento um dentre milhares de edifícios abandonados nas cidades. Uma dança que investiga as memórias impressas na arquitetura e, tal qual palimpsesto, impregna-se das camadas de ausência que revela.

TEM GRINGO NO MORRO, de Bruno Graziano e Marjorie Niele (2013, 27 min)
Um retrato do turismo estrangeiro na Rocinha, considerada a maior favela da América Latina e que recebe mais de 3000 gringos todos os meses. Eles vêm interessados pelos mais diversos aspectos; da pobreza à violência, da curiosidade ao assistencialismo, da paisagem ao calor humano, da geografia à arquitetura.

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