A Câmara Municipal vota em primeiro
turno, nesta terça-feira (16), o substitutivo da Lei de Proteção do Patrimônio
Cultural de Curitiba. O projeto de lei trata, entre outras questões, de
instrumentos fiscais que vão permitir a preservação dos imóveis e bens
imateriais, das penalidades previstas para os casos de não conservação das
edificações de valor cultural, histórico ou arquitetônico, e da criação do
Fundo de Proteção ao Patrimônio Cultural (Funpac) e do Conselho Municipal do
Patrimônio Cultural.
O projeto de lei, apresentado pela
Prefeitura, foi encaminhado ao Legislativo em janeiro de 2015 e tramitou
durante todo o ano. Foi analisado pelas comissões da Câmara e em outubro foi
discutido em audiência pública. “A Lei é uma reivindicação antiga, de pelo
menos 40 anos. O texto é moderno, pois contempla o patrimônio cultural material
e imaterial, bens imóveis e móveis, que contribuem com a formação e preservação
da nossa identidade”, diz o diretor de Patrimônio Cultural da Fundação Cultural
de Curitiba, Hugo Moura Tavares.
Medidas - Como medidas de incentivo à
preservação, o projeto prevê a redução do valor do IPTU, o enquadramento em
leis de incentivo à cultura, e a renovação do potencial construtivo a cada 15
anos mediante a boa conservação ou restauro do imóvel. Quanto às infrações, são
previstas penalidades, por exemplo, por destruir, demolir, deteriorar e mutilar
bens protegidos; repará-los, reformá-los, pintá-los, restaurá-los e alterá-los
sem autorização da administração municipal ou em desacordo com a autorização
concedida; e deixar de realizar as obras de conservação e reparação.
O texto cria o Funpac, subordinado à
Fundação Cultural de Curitiba (FCC). O fundo deverá suplementar projetos
destinados à conservação do patrimônio protegido, tendo como fontes de recursos
dotações orçamentárias e créditos destinados pela Prefeitura, contribuições de
pessoas físicas e jurídicas, e multas aplicadas por infrações contra o
patrimônio cultural.
Como instrumentos de proteção ao
patrimônio cultural, o projeto prevê a realização do inventário, que declara a
representatividade e o significado social de um bem; o tombamento, que institui
um regime jurídico diferenciado; o registro, ato administrativo para declarar
bem imateriais como integrantes do patrimônio cultural (festas, rituais,
manifestações artísticas, saberes, feiras, mercados etc.); e a vigilância,
conjunto de ações praticadas pela administração pública voltadas à fiscalização
do patrimônio protegido.
De acordo com o projeto, os
procedimentos de inventário, registro ou tombamento podem ser solicitados pelos
proprietários, pela administração pública ou qualquer pessoa interessada em sua
preservação. O requerimento caberá ao Conselho Municipal de Patrimônio
Cultural, formado por cinco representantes do Executivo, um da Câmara
Municipal, um do Instituto Histórico e Geográfico do Paraná, um do Conselho
Municipal de Políticas Culturais, um professor de instituição de ensino
superior, e um do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Paraná (CAU/PR), com
seus respectivos suplentes.
Aproximadamente 600 imóveis, que atualmente são considerados unidades de interesse de preservação, deverão ser enquadrados com a aprovação da lei. “Uma cidade deve ter a capacidade de preservar a sua história e memória. Este projeto é um avanço no incentivo à preservação do patrimônio cultural de Curitiba. Queremos que a população se sinta valorizada e seja conquistada em favor dessa causa, com a participação de diferentes setores da cidade. Vamos recuperar algumas áreas da cidade e preservar o patrimônio para valorizar a riqueza material e imaterial da história da formação de Curitiba”, afirma o prefeito Gustavo Fruet.
Aproximadamente 600 imóveis, que atualmente são considerados unidades de interesse de preservação, deverão ser enquadrados com a aprovação da lei. “Uma cidade deve ter a capacidade de preservar a sua história e memória. Este projeto é um avanço no incentivo à preservação do patrimônio cultural de Curitiba. Queremos que a população se sinta valorizada e seja conquistada em favor dessa causa, com a participação de diferentes setores da cidade. Vamos recuperar algumas áreas da cidade e preservar o patrimônio para valorizar a riqueza material e imaterial da história da formação de Curitiba”, afirma o prefeito Gustavo Fruet.
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