terça-feira, 27 de agosto de 2019

Exposição fotográfica na BPP retrata os 50 anos do Balé Teatro Guaíra


A partir desta semana, quem visitar a Biblioteca Pública do Paraná pode conferir a exposição de fotos e figurinos sobre os 50 anos do Balé Teatro Guaíra. Foram selecionadas 300 imagens que ajudam a contar a história da terceira companhia mais antiga do país. Estão representados momentos marcantes como a primeira turma de bailarinos, a estreia de Ana Botafogo como solista e “O Grande Circo Místico”, além de sucessos recentes como “O Lago dos Cisnes” e “Carmen”.
A mostra é uma parceria entre o Centro Cultural Teatro Guaíra e a Biblioteca Pública do Paraná e tem exibição até 27 de setembro. A entrada é gratuita.
Diversos fotógrafos paranaenses se notabilizaram pelo registro de imagens do Balé Teatro Guaíra. Entre eles estão Sérgio e Cayo Vieira, pai e filho. O primeiro acompanhou o BTG por mais de 30 anos, lançando um livro com parte do acervo.
Cayo se destacou com a captura de coreografias recentes, como as imagens de “O Lago dos Cisnes”, feitas a partir da vara de iluminação, no alto do palco, que integram a exposição. De acordo com ele, a ideia de fotografar do alto surgiu porque ele conhecia todos os trechos da coreografia e sabia exatamente quais os momentos produziriam imagens impactantes.
Fotografar dança é dançar junto, se movimentar junto. A gente tem que se envolver. Para capturar um bom movimento é importante estar lá desde os primórdios da obra, acompanhar os ensaios e a investigação da movimentação. Gosto de observar luz e figurino. A partir disso, faço anotações mentais e depois as materializo nas fotos”, afirma Cayo, que começou a capturar os primeiros registros do BTG aos 15 anos de idade, com a remontagem de “O Grande Circo Místico”, em 2002.
Maringas Maciel é o atual fotógrafo do Centro Cultural Teatro Guaíra e autor das imagens que rodaram o Paraná para divulgar o cinquentenário da companhia. A foto oficial da celebração foi a bailarina Clarissa Cappellari em uma cena de “O Segundo Sopro” conhecida como “solo da farinha”.
O desafio do fotógrafo de dança é que precisamos congelar o movimento do bailarino e para isso é preciso acertar o tempo da coreografia”, diz. Para a imagem de O Segundo Sopro, Maringas assistiu a dezenas de ensaios e já havia marcado o momento exato em que Clarissa retirava parte do figurino. Assim, o espectador fica com a impressão de que o tecido está voando.
A seleção foi feita pela equipe do CCTG. O primeiro processo foi avaliar todas as imagens do acervo do BTG – mais de 2 mil fotos. A partir daí, a equipe fez uma triagem e selecionou registros que sintetizassem momentos significativos da companhia.
Para a diretora-presidente do CCTG, Mônica Rischbieter, a criação da exposição foi importante para deixar registrada a história da companhia. “Muitas dessas imagens nunca haviam sido mostradas ao público. A ideia de produzir essa mostra surgiu justamente para dividir esses momentos com os paranaenses”.
Mônica conta que o planejamento teve como foco a mobilidade, para que as fotografias pudessem ser exibidas nas cidades onde o balé se apresentaria. “O resultado é que em todas as sete cidades onde o BTG se apresentou durante a última turnê, que ocorreu entre maio e agosto deste ano, tivemos uma exposição, alcançando um público de mais de 7 mil pessoas”, diz.
Entre os figurinos selecionados para a exposição estão personagens de obras como “Romeu e Julieta”, “Dom Quixote” e “O Grande Circo Místico”.

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