sábado, 16 de outubro de 2010

Adiantem seus relógios: começa o horário de verão

Começa neste final de semana mais uma edição – a 36ª – do horário de verão brasileiro. À meia-noite de hoje (sábado, 16) para domingo, os moradores dos dez estados das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do país, além do Distrito Federal, deverão adiantar seus relógios em 60 minutos, providência que reduzirá a 23 horas a duração do domingo.

A medida irá vigorar durante 126 dias, terminando à zero hora do dia 20 de fevereiro de 2011, também um domingo: nessa ocasião, os ponteiros deverão voltar a marcar 23 horas de sábado (dia 19), repondo os 60 minutos que serão subtraídos agora.

Adotado regularmente no país desde 1985, o horário de verão tem por finalidade permitir o melhor aproveitamento da luminosidade natural, maior nesta época do ano, para proporcionar um alívio nas condições de operação do sistema elétrico no período de maior demanda – o chamado horário de ponta, que se dá entre 18 e 21 horas, ou entre 19 e 22 horas durante a vigência da medida.

Esse artifício evita a concentração e sobreposição da demanda máxima das diferentes categorias de consumidores, distribuindo melhor a curva de carga ao longo do tempo. Como resultado, a ponta do sistema – que é o momento onde se dá a máxima solicitação simultânea de instalações como usinas geradoras, linhas de transmissão e subestações – é reduzida, melhorando a segurança operacional no período crítico do dia.

Diferentemente do entendimento de boa parte da população, a principal finalidade do horário de verão não é o de proporcionar redução no consumo de energia elétrica – muito embora ela efetivamente exista. Os efeitos práticos dessa medida, segundo registros da Copel, não ultrapassam a 0,5% sobre os níveis habituais de consumo e decorrem fundamentalmente do menor tempo de uso de iluminação artificial.

Já a diminuição da demanda simultânea por energia elétrica durante o período crítico do dia é bastante representativa: no sistema elétrico paranaense, a expectativa da Copel é de que a redução de carga no horário de ponta se situe entre 4,5% e 5%, o que corresponde a deixar de adicionar 200 MW de potência ao sistema. Isso equivale à demanda máxima de duas cidades como Foz do Iguaçu.

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