quinta-feira, 7 de outubro de 2010

No teatro: Engarrafados

Em cena, duas pessoas que não se conhecem e decidem fazer um trato e estabelecer uma relação instantânea. Memória, invenção, realidade e ficção se misturam nesse jogo entre os dois e o espectador.

Um jogo também com a palavra, a imagem, a verdade e com referências: apropriação. Esse é o mote dramatúrgico do espetáculo “Engarrafados”. Essa é uma produção contemplada com o Prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz e praticamente fecha a temporada curitibana de montagens subsidiadas pela Funarte (Fundação Nacional de Artes) este ano.

O espetáculo foi criado com inspiração na obra de Valêncio Xavier, artista paulistano que viveu no Paraná, onde morreu há dois anos. “Nossa vontade nunca foi adaptar Valêncio para os palcos, ou encená-lo, mas aprofundar-se nas possibilidades que ele apresenta e pensar a cena através de alguns conceitos que ele utiliza”, diz Neto Machado, que assina a direção ao lado de Cândida Monte.

Em cena outra dupla: os atores Eduardo Simões e Talita Dallmann, responsáveis por conduzir esse jogo que passa por vontades, textos, danças, roupas, músicas, cinema, letras, sentimentos, duplas, memórias e cores. Imagens. “Nessa peça, colocamos nossas possibilidades mais atuais de falar com o público, usando o teatro como meio”, afirma o produtor Wellington Guitti. O espetáculo nasceu de um processo colaborativo através do qual foi criada toda a dramaturgia e a direção ficou a cargo de Cândida Monte e Neto Machado.

“Engarrafados” fica em cartaz no Mini-Guaira, até domingo, às 20h.

Nenhum comentário:

Postar um comentário