terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Cinemateca exibe mostra de Cinema e Direitos Humanos

Nesta quarta-feira (4) entra em cartaz na Cinemateca a oitava edição da Mostra Cinema e Direitos Humanos da América doSul. O evento reúne 38 filmes sul-americanos, entre curtas, médias e longas, dando uma importante visão do modo como o tema dos direitos humanos é abordado no cinema.
A mostra está ocupando centros culturais nas 26 capitais brasileiras e no Distrito Federal. Pela primeira vez, é levada também a cerca de mil locais de exibição fora dos grandes centros do Brasil, assumindo um caráter descentralizador e uma abrangência inédita no mundo.
Todos os filmes da mostra são exibidos com closed caption para pessoas com deficiência auditiva. Há também sessões com audiodescrição para pessoas com deficiência visual. A entrada é franca e todo o material gráfico da mostra é distribuído gratuitamente.
Os filmes, que serão exibidos em formato digital, dividem-se nas categorias de Mostra Competitiva, Mostra Homenagem – Vladimir Carvalho e Mostra Cinema Indígena.
Para compor a Mostra Competitiva foram escolhidos 24 filmes de diferentes países da América do Sul, sendo 13 longas, 7 médias e 4 curtas. Os filmes selecionados dizem respeito a diversos temas relacionados aos Direitos Humanos, como inclusão das pessoas com deficiência, diversidade sexual, direito à memória e à verdade, população de rua, preconceito racial, direito ao trabalho digno, entre outros, sem deixar de lado a qualidade cinematográfica.
Já a Mostra Homenagem paga tributo a Vladimir Carvalho. Nascido em Itabaiana, na Paraíba, e radicado em Brasília, Vladimir fez do cinema uma forma de pensar e intervir no mundo. Nos últimos 50 anos dirigiu filmes sobre diversos assuntos, mas sempre esteve engajado com os destinos do país e de seu povo. Como poucos, Vladimir fez do documentário um ato político e frequentemente poético.
A Mostra Cinema Indígena reflete o crescimento da produção cinematográfica realizada por cineastas indígenas nos últimos anos, no Brasil. O cinema desses realizadores, permeado por questões estéticas e questões políticas, contribui para o fortalecimento das lutas pelos Direitos Humanos dos indígenas. Os quatros filmes escolhidos pela curadoria são exemplares que demonstram uma renovação de sua luta política a partir da apropriação da tecnologia por diversas etnias que constituem os povos indígenas no Brasil.
Serão também exibidos filmes convidados, como o documentário produzido pela SDH – Paredes invisíveis: Hanseníase Região Norte – e dos filmes produzidos pela ONU: Os Descendentes do Jaguar, Transformer: AK, Colombia: Wayuu “Gold” e Argentina: Dreaming of a Clean River.
A mostra é realizada pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, em parceria com o Ministério da Cultura, e tem produção da Universidade Federal Fluminense, através do Departamento de Cinema e Vídeo, com o apoio da OEI, UNIC-RIO, CTAv, EBC e patrocínio da Petrobras e do BNDES.

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