segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Salão Nacional de Cerâmica apresenta retrato da produção contemporânea brasileira

A Casa Andrade Muricy, em Curitiba, abre nesta terça-feira (17) as portas para o 4º Salão Nacional de Cerâmica. Pelo conjunto artístico, o evento se posiciona mais uma vez como um espaço que busca a avaliação correta das poéticas da Cerâmica e o reconhecimento das potencialidades plásticas e estéticas desta arte. Trinta artistas autores de 56 obras inéditas irão representar a produção contemporânea da cerâmica brasileira nesta edição, que fica em cartaz até o dia 30 de março de 2014. A entrada é gratuita.
A seleção oficial aconteceu em novembro, no Museu Alfredo Andersen. Os trabalhos de 200 artistas inscritos de todo País foram avaliados pelos membros do júri, formado pela pesquisadora de Artes Plásticas, professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro e crítica de Arte, Angela Ancora da Luz, e pelas escultoras e ceramistas Ligia Borba e Maria Cheung. Os artistas tiveram suas obras escolhidas após a avaliação de material fotográfico e ficha técnica identificada por número, de acordo com o regulamento do Salão.
Considero que o resultado alcançado foi muito positivo. A seleção de apenas 30 trabalhos nos obrigou a uma avaliação muito cuidadosa, com as considerações que alimentam o debate sobre a produção artística, observando-se o peso da poética de cada participante, tanto pela carga autoral, como pela técnica e, ainda, pelas possibilidades buscadas em relação à criatividade e execução. Creio que o conjunto de obras projeta um leque de ideias, soluções técnicas e domínio do material, cujo resultado nos permitiu uma seleção que sinaliza uma significativa exposição”, explica Angela Ancora da Luz.
O 1º e 2º colocados na seleção, Andrey Zignnatto (foto), de São Paulo, e Alexandra Eckert, de Porto Alegre, foram premiados com R$ 10 mil e R$ 5 mil, respectivamente. Diante da alta qualidade dos trabalhos, além dos dois prêmios previstos no regulamento, os membros do júri resolveram conferir seis menções especiais aos artistas Eduardo Luiz de Freitas (Castro-PR), Glaucia Flügel (Curitiba-PR), Juan Parada (Curitiba-PR), Marcio Montoril Prado (Araraquara-SP), Maria Tereza Koffler Anazco (São Paulo) e Sada Mohad (Curitiba-PR).
“Creio que o salão é um lugar para apresentar a produção de artistas, sobretudo os que se iniciam. Por sua própria natureza ele é um lugar democrático, de acesso direto, que possibilita uma abertura para o artista e contribui para a cultura do país. O 4º Salão se apresenta em nível muito bom, é representativo, trará uma grande contribuição e servirá de estímulo a muitos outros artistas brasileiros”, defende a professora.

AÇÕES PARALELAS - Antes da abertura do 4º Salão, duas ações paralelas ao evento atraem os olhares da cidade para a arte da Cerâmica. O Museu Oscar Niemeyer (MON) ganhou, no início de dezembro, um simbólico jardim de 4 mil flores brancas de cerâmica presas por hastes flexíveis, no gramado próximo ao espelho d’água. A instalação congrega o trabalho de 80 artistas, professores e alunos e pode ser vista até 20 de janeiro.
Outra ação paralela será a exposição “Retrospectiva dos Premiados dos Salões de Cerâmica”, que entrará em cartaz no Museu Alfredo Andersen nesta quarta-feira (18). A mostra vai reunir os trabalhos premiados de 25 artistas participantes dos salões ocorridos entre os anos de 1980 (data do primeiro Salão) e 2012, e que fazem parte do acervo do Museu Alfredo Andresen. A curadoria é assinada pela artista plástica Amarílis Puppi.
Realizado pela Sociedade Amigos de Alfredo Andersen, o 4º Salão Nacional de Cerâmica recebe o apoio do Governo do Estado do Paraná, por meio da Secretaria de Estado da Cultura e do Museu Alfredo Andersen. O 4º Salão é um projeto aprovado pela Lei de Incentivo à Cultura e conta com o patrocínio da Sanepar.

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