quarta-feira, 13 de julho de 2016

Neste sábado, uma celebração do conto no Museu Guido Viaro‏

O escritor pernambucano Alexandre Furtado e o curitibano Marcio Renato dos Santos (foto) participam do evento “Experiências do Brasil”, bate-papo a respeito do conto no dia 16 de julho, a partir das 16h, no Museu Guido Viaro, em Curitiba. Ambos são contistas e, após o debate, Furtado autografa “Os Mortos Não Comem Açúcar” (Confraria do Vento, 2016) e Santos vai assinar “Finalmente Hoje” (Tulipas Negras, 2016). A entrada é franca.
O encontro tem o nome de “Experiências do Brasil” por reunir dois autores de regiões distintas. “Cada um vai falar sobre o seu processo de criação, os seus temas, obsessões, quais as semelhanças e diferenças entre os seus imaginários, e se há influência do lugar onde cada um vive em sua respectiva obra”, comenta Guido Viaro, escritor e diretor do Museu Guido Viaro, batizado em nome de seu avô homônimo, um dos pioneiros da pintura no Paraná.
Viaro diz que, apesar do pouco apelo comercial, o conto é um dos gêneros mais representativos da literatura brasileira. “É importante colocar o conto no centro do debate, até pelo fato de o país ter inúmeros contistas de qualidade”, afirma, referindo-se, entre outros, a Dalton Trevisan, que recebeu homenagem no espaço com uma sala, onde estão expostos livros e outros objetos como jornais e revistas que mostram a relevância do “vampiro de Curitiba”.

Os contistas

Alexandre Furtado, 46 anos, é recifense e professor na Universidade de Pernambuco (UPE). Autor de um livro de poemas, “De Ruas e Inti-nerários” (Cepe, 2010), o escritor - em sua estreia no conto - recriou literariamente o Recife da década de 1970 em 14 narrativas breves que, em conjunto, também funcionam como uma longa e fluente narrativa. O erotismo é um dos pontos altos dos contos de Furtado, que reelaborou, com habilidade incomum, a oralidade pernambucana em sua escrita literária.
Já o curitibano Marcio Renato dos Santos, 42 anos, apresenta em “Finalmente Hoje”, o seu quinto livro de contos, também 14 narrativas, nas quais o aspecto comum é o impacto do tempo, seja o passado deflagrado a partir de alguma sensação do presente ou um ziguezague do presente rumo ao futuro, e vice-versa. Jornalista e mestre em Estudos Literários pela UFPR, Santos dedica-se exclusivamente ao conto e já autografou alguns de livros anteriores, como “Golegolegolegolegah!” (Travessa dos Editores, 2013), “2,99” (Tulipas Negras, 2014) e “Mais Laiquis” (Tulipas Negras, 2015), no Museu Guido Viaro.
“Será uma satisfação conversar sobre o conto em Curitiba, no Museu Guido Viaro, um dos espaços culturais mais interessantes da cidade”, diz Furtado. “É uma ótima iniciativa colocar o conto em debate e dialogar com um autor tão expressivo como o Alexandre Furtado”, comenta Santos. “Será uma celebração do conto”, acrescenta Viaro.

O Museu Guido Viaro está situado na rua XV de Novembro, 1.348, Centro e os livros “Os Mortos Não Comem Açúcar” (R$ 48,00) e “Finalmente Hoje” (R$ 29,90) podem ser adquiridos no local. Mais informações 3018-6194.

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