sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Antonio Fagundes e seu filho Bruno contracenam em “Vermelho”

Em seu ateliê em Nova York, em 1958 o já consagrado artista Mark Rothko recebe pela primeira vez seu novo assistente, Ken. “O que você vê?”, pergunta, apontando para uma das pinturas em que trabalhava. A partir daí, uma bela relação desenvolve-se diante da platéia; um encontro cheio de nuances, em que ambos se permitem indagar e refletir, questionar e ouvir. É esse o ponto de partida do espetáculo “Vermelho”, dirigido por Jorge Takla, e estrelado por Antonio Fagundes, como Rothko, ao lado de seu filho Bruno Fagundes, que interpreta o jovem aspirante a artista.
Premiadíssimo na Broadway (seis "Tony" na temporada 2010), “Vermelho” é uma co-produção de Antonio Fagundes e Jorge Takla.
Escrita pelo dramaturgo e roteirista John Logan e traduzida por Rachel Ripani, com figurinos de Fabio Namatame, a peça se passa no período entre 1958-1959, quando o pintor russo naturalizado norte-americano – que ganhou notoriedade ao encabeçar o Expressionismo Abstrato -, trabalha em uma série de murais para o sofisticado restaurante Four Seasons, no Edifício Seagram, na Park Avenue, encomendados a ele por uma quantia recorde à época.
“Vermelho” é um olhar carinhoso sobre um grande artista consagrado passando o bastão para uma nova geração de novos artistas inquietos, provocadores e talentosos a peça é também um panorama da arte moderna da New York dos anos 50, quando mestres consagrados como Rothko, de Kooning e Pollock conviviam com artistas jovens e arrogantes (que não eram muito levados a serio) como Andy Warhol e Liechtenstein.
A peça tem uma única apresentação neste sábado (10), às 21h15 no Positivo – Grande Auditorio (av. Pedro Viriato Parigot de Souza, 5300).

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