(Reuters) - A autora bielorrussa
Svetlana Alexievich conquistou o prêmio Nobel de Literatura nesta quinta-feira
por seu retrato da vida na ex-União Soviética, que a Academia Sueca disse ser
“um monumento ao sofrimento e à coragem em nossos tempos”.
A obra de Svetlana inclui crônicas das
vidas das mulheres soviéticas durante a Segunda Guerra Mundial, assim como as
consequências do acidente nuclear de Chernobyl em 1986 e da guerra russa no
Afeganistão, contadas da perspectiva dos cidadãos comuns.
A escritora reuniu centenas de
entrevistas de pessoas afetadas por estes acontecimentos tumultuoso,
utilizando-as em livros que a academia afirmou serem como uma “composição
musical”.
“Por meio de seu método extraordinário -
uma colagem de vozes humanas cuidadosamente composta -, Alexievich aprofunda
nossa compreensão de uma era inteira”, disse a academia nesta quinta-feira ao
outorgar o prêmio equivalente a 972 mil dólares.
Svetlana disse que o prêmio lhe
permitirá se dedicar a seus dois novos projetos literários.
“Por dinheiro posso comprar uma coisa,
compro liberdade. Levo muito tempo para escrever meus livros - entre cinco e
dez anos”, disse ela à televisão sueca depois do anúncio da concessão da
honraria. “Tenho duas novas ideias para dois livros novos, então fico contente
porque agora estarei livre para trabalhar neles”.
Svetlana, nascida em 1948 na Ucrânia,
trabalhou como professora e jornalista depois de concluir os estudos. Ela viveu
muitos anos exilada em países como Suécia, Alemanha e França devido às suas críticas
ao governo de Belarus.
Entre seus livros estão “Voices from Chernobyl - Chronicle of the Future” e “Zinky Boys - Soviet Voices From a Forgotten War”, um retrato da guerra soviética no Afeganistão. Um de seus trabalhos mais conhecidos é “War’s Unwomanly Face”, que tomou vários anos para ser publicado porque as autoridades soviéticas o viam como subversivo e prejudicial ao mito da vitória do Exército da União Soviética na Segunda Guerra (Anna Ringstrom e Daniel Dickson).
Entre seus livros estão “Voices from Chernobyl - Chronicle of the Future” e “Zinky Boys - Soviet Voices From a Forgotten War”, um retrato da guerra soviética no Afeganistão. Um de seus trabalhos mais conhecidos é “War’s Unwomanly Face”, que tomou vários anos para ser publicado porque as autoridades soviéticas o viam como subversivo e prejudicial ao mito da vitória do Exército da União Soviética na Segunda Guerra (Anna Ringstrom e Daniel Dickson).
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