Os 41 anos de existência da Fundação
Cultural de Curitiba, suas inúmeras realizações em todos os segmentos
artísticos e sua importância na condução dos rumos da cultura curitibana são
tema da exposição “Fundação Cultural em Cartaz – Mais de 40 anos de história”,
que será inaugurada nesta quarta-feira (11), às 19h, na Casa Romário Martins.
Idealizada e coordenada pela produtora cultural Josina Melo, a exposição
apresenta a história da instituição por meio dos cartazes criados para a
divulgação de espetáculos, mostras de arte e projetos culturais desenvolvidos
pela FCC ao longo de quatro décadas, desde sua criação, em 1973.
Após um intenso trabalho de pesquisa
junto ao acervo de cartazes da Fundação Cultural, que integravam o Museu do
Cartaz e atualmente fazem parte da mapoteca da Casa da Memória, Josina Melo
selecionou os mais representativos das décadas de 1970, 1980, 1990 e 2000. A seleção estará disposta
em 16 mosaicos, além de uma centena de quadros e cartazes exibidos
individualmente, a maioria em seus tamanhos originais. São imagens que
serviram, por exemplo, para divulgação dos concertos da Camerata Antiqua de
Curitiba, do Jornal Mural, das Mostras da Gravura, das Oficinas de Música, das
edições do Perhappiness, do Carnaval, entre tantos outros que fazem parte da
memória e até hoje marcam a identidade da Fundação Cultural.
“Esta
exposição é uma justa homenagem aos pioneiros da Fundação, tanto na área de
programação visual, como de todos os setores da instituição, necessários para
produzir-se um evento cultural de qualquer natureza”, diz Josina. Ela revela
que a ideia da exposição surgiu ao final de uma entrevista com a designer
Vivian Schroeder, em 2011, quando vislumbrou a possibilidade de contar a
história da FCC através dos trabalhos produzidos pelo setor de Comunicação
Visual. “Esse é o objetivo do projeto: que todos tenham a oportunidade de
“remexer velhos baús”, por meio deste nosso olhar de funcionários/artistas que
somos, neste malabarismo contemporâneo de ter de cinco a oito funções,
coordenando e executando projetos culturais”, destaca.
Tempos de glória – A exposição, além do
aspecto de resgate da memória, promove uma reflexão sobre a função do cartaz
impresso como elemento de difusão. Josina lembra que esse instrumento de
divulgação já teve seus tempos de glória, mas perdeu espaço para os meios
digitais. De qualquer forma, hoje ele se mantém como uma importante fonte de
releitura do passado, revelando técnicas e estéticas de outras épocas. Assim,
os cartazes da Fundação Cultural garimpados na pesquisa de Josina também
revelam valores de cada década, de cada gestão, de cada designer que trabalhou
na criação dos materiais de divulgação da FCC.
“Nesta exposição pretende-se revelar às
novas gerações um passado repleto de criatividade, cores e beleza, produzido à
custa do trabalho de centenas de ilustres desconhecidos: os funcionários da
Fundação Cultural de Curitiba em mais de 41 anos de fomento às artes, nas mais
diversas propostas e iniciativas”, afirma Josina Melo.
Como estará aberta no período de
realização da Copa do Mundo de Futebol, a mostra também possibilitará aos
visitantes de outros estados e países conhecer como a cultura de Curitiba se
desenvolveu nesses 40 anos. O painel de abertura e os textos/legendas escritos
por Maí Nascimento Mendonça estarão em versão bilíngue (português e inglês). A
tradução para o inglês foi feita por Elizabeth Prosser. Acompanha ainda a
exposição um livreto (5 mil exemplares), impresso com apoio do Shopping Pátio
Batel.
A exposição permanecerá na Casa Romário
Martins até 30 de setembro. Depois será exibida por dois meses na Galeria da
Ticcolor, que patrocinou o projeto, e na sequência será levada para as Ruas da
Cidadania. Na inauguração, haverá apresentação do grupo “As Nymphas”, cuja
história tem também grande ligação com a FCC.
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