O Museu Oscar Niemeyer (MON) abre nesta
quinta-feira (5), às 20 horas, a exposição “João Turin - Vida, Obra, Arte”, com
curadoria do historiador e crítico de arte José Roberto Teixeira Leite. A
entrada na abertura será gratuita. Durante o evento também haverá o lançamento
do livro sobre Turin, publicação que leva o mesmo nome da mostra e tem autoria
do curador.}
Serão expostos 130 bronzes, grande
parte deles inéditos. Entre as peças vão estar as que o consagraram como um dos
principais escultores animalistas brasileiros: “Marumbi”, “Luar do Sertão”,
“Tigre pisando na cobra” e “Onça à espreita”.
Os visitantes também vão poder admirar
de perto o “Frade”, escultura selecionada pelo governo brasileiro para
presentear o Papa Francisco em sua visita ao Brasil em 2013, o que coloca João
Turin entre os raríssimos artistas brasileiros presentes no Museu do Vaticano.
A mostra também trará a Pietá, feita em
1917 para a Igreja de Saint Martin, em Condé-sur-Noireau, na França. Mesmo
depois de a região ter sido severamente bombardeada e a Igreja de Saint Martin,
com mil anos de história, seriamente danificada, a escultura permaneceu
intacta. Sobre os traços da Virgem Maria, Turin teria se inspirado na célebre
dançarina Isadora Duncan que, como a mãe de Cristo, também sentira a dor de ver
seu filho morto. No caso da dançarina, foram os dois filhos que morreram
afogados no Rio Sena.
Além de documentos, desenhos, estudos e
cartas do artista paranaense, a exposição trará uma reconstrução da “Casa
Paranista”, símbolo maior do “Paranismo”, movimento artístico que teve Turin
como uns dos idealizadores, que buscava expressar na arte e arquitetura em
geral, símbolos tipicamente paranaenses, como o pinheiro e o pinhão.
TURIN - O artista nasceu em Porto de
Cima, no município de Morretes, em de 1878, um ano após a chegada de seus pais
ao Brasil, vindos da Itália. Desde criança demonstrou interesse pelas artes e
pela escultura. Já adulto, Turin recebeu do governo paranaense uma bolsa de aperfeiçoamento
e, aos 27 anos, ingressou na “Académie Royale des Beaux Arts” de Bruxelas, na
Bélgica. Em sua temporada na Europa, Turin foi contemporâneo de Auguste Rodin,
Picasso, Modigliani, Mondrian, Chagall, Matisse, Rilke, Jean Cocteau, Victor
Brecheret, entre outros.
No retorno ao Brasil, o ‘bom gigante’,
como era conhecido o artista pelos seus quase dois metros de altura, optou por
instalar-se em Curitiba, onde permaneceu até a sua morte, em 1949.
TEIXEIRA LEITE – José Roberto Teixeira
Leite dedica sua vida à arte e mantém um rico currículo. Professor
universitário de História da Arte no Brasil, lecionou em instituições como a
Universidade Federal do Rio de Janeiro, Universidade Gama Filho, Instituto de
Artes do Rio de Janeiro e Universidade Estadual de Campinas.
Pesquisador, fez crítica de arte em
grandes veículos da imprensa, como os jornais “O Globo” e “Folha de São Paulo”
e as revistas “Bravo!” e “Veja”. Foi curador de inúmeras exposições no Brasil e
no exterior, autor colaborador de mais de 30 livros e diretor do Museu Nacional
de Belas Artes, entre os anos de 1961 e 1964.
Exerceu cargos na Associação Brasileira
de Críticos de Arte por diversas vezes, foi membro do Conselho de Orientação da
Pinacoteca do Estado de São Paulo de 1989 a 2010.
A mostra “João Turin - Vida, Obra, Arte”
fica aberta àvistiação até o dia 2 de novembro, de terça a domingo, das 10h às
18h. Os ingressos custam R$ 6,00 e R$ 3,00 (meia-entrada para professores e
estudantes com identificação). Mais informações: www.museuoscarniemeyer.org.br
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