O Museu Oscar Niemeyer (MON) recebe, na
sala 3, a exposição “Crash”, de Regina Silveira. A mostra apresenta cerca de 30 trabalhos da
artista, com desenhos, vídeos, instalações e esculturas. No dia da abertura a
entrada é franca.
Regina Silveira é artista visual e
arte-educadora brasileira. Começou a trabalhar como pintora e no final da
década de 1960 entrou em contato com a arte conceitual. Tornou-se importante
artista multimídia e pioneira da videoarte no país.
A artista tem uma trajetória longa em
Curitiba. Participou de várias edições do prêmio do Salão Paranaense e sempre
esteve em contato com os artistas locais. Sua trajetória iniciou-se na pintura,
na gravura, tendo como mestre Iberê Camargo.
“Nomes como da artista Regina Silveira
acentuam uma das missões do museu que é
priorizar pela qualidade artística das exposições que oferecemos ao
público”, analisa a diretora-presidente do MON, Juliana Vosnika.
Para a diretora cultural do MON, Estela
Sandrini, a obra de Regina Silveira é importante pois transmite o que a artista
considera essencial. “Regina Silveira além de artista, é arte-educadora, e
passa para todos uma mensagem que traz ressonância cultural e poética”,
analisa.
O crítico e curador de arte Adolfo
Najas descreve a exposição: “fazem parte do repertório de “Crash” barulhos de
disparos, armas diversas (revolver, tanque, míssil, espada), utensílios ameaçantes,
bichos perigosos nada domésticos, ou simulacros de sangue, como camadas
significantes plurais”.
Já para Paulo Myada, igualmente crítico
e curador de arte, o repertório da violência e perigo fica em segundo plano: “A
verdade é que, quando se pensa na obra que Regina Silveira desenvolve desde
finais da década de 1960, dificilmente a primeira coisa que vem à mente são
imagens de violência ou perigo. As discussões mais recorrentes em seu trabalho
giram em torno dos limites, atalhos e armadilhas da representação e da
percepção: Como nosso aparato óptico distorce o que vemos e como o desenho pode
amplificar seus efeitos? O que acontece com o espaço nessas condições? Que
potencial cada meio técnico traz para os procedimentos de representação e
apresentação das imagens? Seja em gravuras, objetos, vídeos ou instalações, a
artista oferece ao público múltiplas maneiras de se encontrar com tais
perguntas”, argumenta.
A mostra segue até o dia 28 de junho no
Museu Oscar Niemeyer. O horário de visitação é de terça a domingo, das 10h às
18h. A entrada custa R$ 6,00 e R$ 3,00 (meia-entrada). Mais informações: www.museuoscarniemeyer.org.br.
Nenhum comentário:
Postar um comentário