O Museu Oscar Niemeyer (MON) recebeu
nesta quinta-feira (19), mais 139 obras apreendidas pela Polícia Federal na
Operação Lava-Jato. A apreensão foi realizada na 10ª fase da Operação e a
coleção traz nomes de diversos artistas, como Alberto Guignard, Heitor dos
Prazeres, Yara Tupynambá e Agostinho Batista de Freitas.
O Museu Oscar Niemeyer e a Polícia
Federal não têm a estimativa do valor da coleção. O laudo de autenticidade não
pode ser realizado pelo MON, que está apenas com a guarda das obras. A decisão
se as obras ficarão definitivamente no museu será da Justiça Federal.
O secretário de Estado da Cultura do
Paraná, Paulino Viapiana, acompanhou a entrega das obras e destacou o trabalho
cuidadoso e a preocupação da Polícia Federal em preservar os materiais
apreendidos durante a Operação. “Desde o primeiro lote percebemos que as
autoridades têm sido sensíveis quanto aos cuidados necessários para a
preservação das obras. A confiança depositada no MON para a guarda do acervo
demonstra este cuidado com a segurança que vai além do valor financeiro. O
principal objetivo é garantir a salvaguarda dessas obras de grande valor
artístico e torná-las acessíveis ao público”, disse Viapiana.
Juliana Vosnika, diretora-presidente do
MON, ressalta que “o museu recebe as obras por atender todos os requisitos
museológicos internacionais. Depois do processo de higienização, limpeza e
quarentena, estas obras serão expostas para que o público tenha a oportunidade
de conhecê-las. Obras apreendidas anteriormente já estão em exposição”.
As obras foram entregues pelo
Superintendente Regional da Polícia Federal, Rosalvo Ferreira, e pelo delegado
Igor Romário de Paula, da Delegacia de Combate ao Crime Organizado, e recebidas
pela diretora-presidente do MON, Juliana Vosnika, e pela diretora cultural do
Museu, Estela Sandrini.
Primeiro lote - Na apreensão do
primeiro lote, em 2014, uma equipe da Secretaria da Cultura fez a avaliação
preliminar das obras a pedido da Polícia Federal. Além do laudo técnico, o
parecer emitido pelos membros da equipe técnica da Coordenadoria do Sistema
Estadual dos Museus - COSEM recomendou que o conjunto das pinturas fosse
transferido com a maior brevidade possível para um local apropriado, para que
as obras tivessem garantidas as condições necessárias à sua correta conservação
e armazenagem. A reserva técnica do MON foi posta à disposição e desde então o
espaço tem sido o responsável pela guarda das 203 obras apreendidas em três
fases da operação Lava Jato.
Para Estela Sandrini, diretora cultural
do MON, estas obras não só enriquecem a coleção do museu, como são importantes fontes
de pesquisa. “São obras de grandes artistas, alguns desconhecidos do público
que terá a oportunidade de conhecer e analisar as diferentes linguagens
artísticas”, afirma.
Exposição - No dia 14 de abril será
inaugurada uma sala com as obras apreendidas nos dois lotes anteriores.
Aproximadamente 50 obras de artistas como Di Cavalcanti, Iberê Camargo, Aldemir
Martins, Cícero Dias, Orlando Teruz, Claudio Tozzi, Heitor dos Prazeres, Vik
Muniz, Salvador Dalí, Nelson Leirner, Sergio Ferro, Daniel Senise, Carlos
Vergara, Miguel Rio Branco e Amilcar de Castro poderão ser vistas no Museu
Oscar Niemeyer.
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