terça-feira, 6 de outubro de 2015

“Cássia Eller - O Musical” sobe ao palco do Positivo

Sou fera, sou bicho, sou anjo e sou mulher”. Os versos de Renato Russo que Cássia Eller cantou por tantos anos falam muito sobre a personalidade da artista, uma verdadeira fera nos palcos, mas que podia ser um bicho arredio fora dele. Mulher de poucas palavras, cantora de infinitos sons e uma voz tamanha, doce e amiga na vida, foi forte e surpreendente na arte. Com menos de 40 anos de vida e 20 de carreira, Cássia Eller partiu no auge e deixou uma obra eterna. Essa trajetória é encenada em “Cássia Eller - O Musical”, que estreia em Curitiba, nos dias 8 e 9 de outubro, no Teatro Positivo, com sessões às 21 horas. O musical tem direção de João Fonseca e Viniciús Arneiro, texto de Patrícia Andrade, idealização de Gustavo Nunes e produção da Turbilhão de Ideias Entretenimento. O patrocínio é do Banco do Brasil Seguridade. Fenômeno da cena teatral em 2014, o espetáculo estreou no Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro, passou por Belo Horizonte, Salvador, São Paulo, Brasília, Recife e Vitória assistido por mais de 60 mil pessoas.
O papel-título é interpretado por Tacy de Campos, atriz e cantora de Curitiba que foi escolhida entre mais de 1000 candidatas que se inscreveram para as audições, quando foi definido também todo o elenco, que conta ainda com Eline Porto, Emerson Espíndola, Evelyn Castro, Jana Figarella, Jandir Ferrari, Thainá Gallo, Juliane Bodini. Os diretores João Fonseca e Viniciús Arneiro não poupam elogios à protagonista: “Tacy é sensacional, muito inteligente e intuitiva, além de ter uma voz incrível”, exalta João. “Ela surpreendeu a todos e, antes mesmo dela cantar, já estávamos magnetizados pela figura tímida e doce que ela é. Ao final da primeira música, ficamos um pouco em silêncio, admirados com o que estava diante de nós. Existem algumas semelhanças entre ela e a Cássia e foi essa pureza de estado que nos arrebatou”, complementa Vinicius.
Para João Fonseca, esse é um espetáculo diferente dos musicais biográficos que ele dirigiu anteriormente (sobre Tim Maia e Cazuza). “É focado no essencial, simples e teatral como a própria Cássia. Apenas cadeiras, os atores e os músicos. A Márcia Rubin elaborou uma coreografia diferente, não é uma dança convencional, mas uma movimentação coreográfica”, acrescenta.
O texto de Patrícia Andrade flagra Cássia ainda antes do início da carreira e acompanha toda a sua trajetória musical - dos primeiros passos como cantora em Brasília a sua explosão nacional - sem deixar de lado seus amores, em especial Maria Eugênia, sua companheira com quem criou o filho Chicão. A autora fez um amplo mergulho na obra de Cássia e entrevistou familiares e amigos que a ajudaram a construir um mosaico fiel sobre a história da cantora. A direção musical é de Lan Lanh, que tocou anos com Cássia e tem total propriedade na obra da cantora. O roteiro passeia desde uma criação autoral quase obscura, como “Flor do Sol”, até algumas canções que ficaram imortalizadas por ela, como “Malandragem” (Cazuza/Frejat), “Socorro” (Arnaldo Antunes/Alice Ruiz) e “Por Enquanto” (Renato Russo). O amigo Nando Reis, que é também personagem do espetáculo, comparece com várias composições no repertório, como “All Star”, “O Segundo Sol”, “Relicário” e “Luz dos Olhos”, entre outras.
A banda é formada por Felipe Caneca (pianista), Pedro Coelho (baixista), Diogo Viola (guitarrista), Mauricio Braga (baterista) e Fernando Caneca (violonista). A ficha técnica do espetáculo completa-se com os figurinos de Marília Carneiro e Lydia Quintaes, iluminação de Maneco Quinderé, cenários de Nello Marrese e Natália Lana e direção de movimento de Márcia Rubin.

Indicado para maiores de 14 anos, “Cássia Eller - O Musical” tem ingressos que variam de R$ 25,00 a R$ 90,00 (+ R$ 6,00 de taxa de administração), conforme a localização no teatro. Mais informações: 3317-3283 / 3315-0808 ou www.diskingressos.com.br.

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