O Cineclube da Cinemateca exibe em
outubro uma série de quatro filmes de Roberto Rossellini (1906-1977), diretor
consagrado e um dos expoentes do neorrealismo italiano, ao lado de Vittorio de
Sica e Luchino Visconti. O movimento surgiu após a Segunda Guerra Mundial,
refletindo a realidade econômica e social daquele período. Um dos filmes de
Rossellini, “Roma, Cidade Aberta”, é considerado o marco do movimento.
O ciclo que será exibido na Cinemateca,
aos sábados, às 14h, com entrada franca, traz uma de suas obras-primas, “Alemanha,
Ano Zero”, filme produzido em 1947. Os demais filmes são representativos de
outras fases da carreira do cineasta, que teve uma produção profícua, dirigindo
vários filmes de ficção, documentários e produções para TV.
Sobre o Cineclube - Para manter vivo o
interesse pelo cinema como arte e ampliar o público do espaço, a Fundação
Cultural de Curitiba promove desde abril de 2014 o Cineclube da Cinemateca.
Organizado pelo Coletivo Atalante, um grupo independente que há dois anos
desenvolve atividades em diferentes áreas culturais.
PROGRAMAÇÃO:
3/10 - ALEMANHA, ANO ZERO (“Germania,
Anno Zero”, 1948/Itália – 73’)
Em Berlim, após o final da 2ª Guerra
Mundial, Edmund (Edmund Moeschke), um garoto de uma família muito pobre,
trabalha para sustentar o pai doente, sua pequena irmã e o irmão, que não tem
documentos. Um dia, ao conversar com um antigo mestre (Erich Gühne), fala do
seu pai enfermo e entende ter recebido um conselho para matar seu pai, um peso
morto. Ele começa a pensar na idéia.
Classificação: 14 anos
10/10 - VIAGEM À ITÁLIA (“Viaggio in
Italia”, 1954/FR/ITA – 85’)
Um casal inglês (Ingrid Bergman e
George Sanders) parte para o Sul da Itália para aí vender uma propriedade
recentemente herdada. A sua relação, repleta de distância, piora ao entrarem em
contato com Nápoles, os seus habitantes e fantasmas. Ela recorda um poeta que a
amou e que morreu durante a guerra; ele foge para Capri, flertando com
mulheres, mas evitando o adultério; ela visita os museus de Nápoles e Pompeia,
mergulhando no fascínio que os napolitanos têm pela morte. Com ela, ele
mostra-se sarcástico; com ele, ela é crítica. É a ilustração falsamente simples
de um casal cansado cujo casamento se vai desintegrando, transformado por
Roberto Rossellini numa história apaixonada que mistura crueldade e cinismo.
Classificação: 12 anos
17/10 - ÍNDIA, MATRI BHUMI (“India:
Matri Bhumi”, 1959/FR/ITA – 88’)
Versão restaurada do esquecido filme de
Roberto Rossellini. Apesar de creditado como documentário, o filme mistura
elementos ficcionais e documentais, contando pequenas histórias de personagens
de diferentes idades e classes sociais do país, montando assim a
"bricolagem humana" que, segundo o narrador nos primeiros momentos do
filme, é a India.
Classificação: 12 anos
31 de outubro de 2015
31/10 - SÓCRATES (“Socrate”,
1971/FR/ITA/ESP – 120’)
Esta cinebiografia apresenta os últimos
dias de Sócrates, elucidando de maneira concisa e bastante clara alguns dos
mais célebres diálogos platônicos, a exemplo da "Apologia" (discurso
de defesa no julgamento), "Críton" (o diálogo sobre a prisão entre um
discípulo e Sócrates) e "Fédon" (os últimos ensinamentos do mestre
antes de tomar a cicuta).
Classificação: 14 anos
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