(Estadão) - Em 1961, Ray Charles já era Ray Charles. Seis anos depois do estouro de Elvis Presley, Charles mudava de gravadora já como uma força incontrolável da natureza, um pianista cego do interior de Los Angeles, 31 anos, mulherengo, viciado em heroína e que só precisava contar de um a quatro para fazer o mundo parar.
Não era tudo, Ray Charles ficaria maior. Mas aquela temporada de shows no paraíso de Antibes, na costa francesa, era sua primeira chegada à Europa. Suas quatro apresentações ali, em 18, 19, 21 e 22 de julho de 1961, foram gravadas e, agora, saem em DVD com o peso de um sítio arqueológico (muitas imagens já estão no YouTube).
As captações em preto e branco mostram Ray ao lado esquerdo do palco, com sete de seus melhores homens, todos negros, tocando em fila do lado esquerdo. David ‘Fathead’ Newman está lá, ao tenor.
Bruno Carr, o gigante, levita na bateria. Hank Crawford arregaça ao trompete. Ray traz para uma plateia branca, jovem e vibrante (as palmas são batidas sempre com mãos ao alto) o que ele já tinha de melhor: Georgia on My Mind; Hallelujah, I Love Her So; Ruby; What I Say; Let the Good Times Roll...
E, em algumas canções, surge a formação original das Raeletts, com Gwen Berry, Pat Lyles, Darlene McCrea e Margie Hendrix, esta uma de suas sete mulheres oficiais, que lhe deu Jimi, um de seus 12 filhos oficiais.
terça-feira, 3 de janeiro de 2012
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